Aplicativo “Fogo Cruzado” vai mapear tiroteios no Rio de Janeiro

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Uma plataforma colaborativa irá mapear o uso de armas de fogo na região metropolitana do Rio de Janeiro por meio do registro de tiroteios. O aplicativo, chamado “Fogo Cruzado”, foi lançado na internet nesta semana pela ONG Anistia Internacional Brasil, e permite que o usuário registre a ocorrência de um tiroteio no bairro em que presenciou a ação. Já disponível para download gratuito nos sistemas Android e iOS, o app vai ilustrar a prevalência e a distribuição geográfica da violência armada na capital fluminense.

Interface da plataforma digital que irá mapear os tiroteios no Rio de Janeiro (Imagem: Reprodução)
Interface da plataforma digital que irá mapear os tiroteios no Rio de Janeiro (Imagem: Reprodução)

Segundo comunicado divulgado pela ONG, a ideia para criar o aplicativo surgiu de pesquisas autônomas que contabilizaram tiroteios no Rio de Janeiro no ano de 2015, através de informações disponíveis na imprensa, boletins policiais e redes sociais.

“Mesmo com a cobertura parcial das ocorrências de uso de arma de fogo, já que nem todos os tiroteios são divulgados, um levantamento do jornal Voz das Comunidades apontou que no Complexo do Alemão houve 100 dias seguidos de tiroteio. Isto confirma a necessidade de abrir um canal de visibilidade para a alta incidência de uso de arma de fogo em determinadas áreas da cidade”, descreve a nota divulgada pela Anistia Internacional Brasil. Conforme o diretor executivo da entidade, Atila Roque, a ferramenta digital pretende ser “mais uma maneira de pressionar as autoridades a adotarem políticas de segurança pública que respeitem os direitos humanos”.

O app vai funcionar em modo piloto até dezembro nas comunidades Jacarezinho, Manguinhos, Complexo da Maré, Complexo do Alemão, Acari, Cidade de Deus e Morro Agudo (Nova Iguaçu), com a perspectiva de ser aprimorado a partir das informações acumuladas nos primeiros seis meses de funcionamento. Todos os dados ficarão disponíveis, inclusive, para consulta de autoridades e pesquisadores.

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