Até 2020, 60% dos negócios digitais falharão por má gestão de riscos, diz Gartner

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Levantamento Gartner: 77% dos executivos acreditam que o negócio digital traz riscos novos e maiores para empresas (Foto: Divulgação)
Levantamento Gartner: 77% dos executivos acreditam que o negócio digital traz riscos novos e maiores às empresas (Foto: Divulgação)

Nos próximos quatro anos, 60% dos negócios digitais irão falhar pela inabilidade de suas organizações de gerenciar o risco empresarial, afirmou a consultoria de mercado Gartner durante sua Conferência de Segurança e Gestão de Riscos, realizada na última semana na capital paulista. Na ocasião, diretor de pesquisa do Gartner, John Wheeler, afirmou que um dos maiores desafios que companhias enfrentam hoje, além das próprias ameaças, é garantir que seus tomadores de decisão estejam cientes dos riscos e sejam capazes de enfrentá-los quando a necessidade surgir.

Dados de um levantamento global com mais de 500 CEOs realizado pela consultoria no último ano mostram que 77% dos executivos acreditam que o negócio digital traz riscos novos e maiores às empresas. “CEOs do mundo inteiro estão preocupados com o risco e como ele se relaciona com a evolução do negócio digital, que é a mistura entre os mundos real e digital”, comentou o analista.  Ainda assim, essa preocupação nem sempre se traduz na capacidade de resposta dos líderes de empresas aos riscos, o que ainda deixa companhias em situações precárias para enfrentá-los.

Para reverter este cenário, a consultoria recomenta o desenvolvimento de uma abordagem que leve em conta as oportunidades de negócio versus o risco ao qual a empresa esteja disposta a se expor, mas sempre trabalhando com executivos e profissionais de segurança em uma estratégia conjunta. Segundo o pesquisador Claudio Neiva, também do Gartner, quando se fala em mercado brasileiro, o maior problema atual do processo de gestão de risco em empresas é a dificuldade dos times de segurança em “cruzar a ponte” entre o discurso técnico e a linguagem de negócios, procedimento que poderia levar os executivos a entenderem os riscos a que estão expostos.

“A maioria das pessoas de segurança são chamadas do meio para o final do projeto. E o que acontece é que o profissional de segurança recebe algo que já não foi construído de forma adequada”, afirmou Paiva. “A gente tem argumentado muito que o profissional de segurança trabalhe na concepção do projeto, porque é lá que ele vai sugerir medidas que vão custar muito menos do que um conserto de erros provocados no meio do projeto”.

 

Fonte: Canaltech

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