Para delegado da PF, backups ajudam a combater sequestro de dados

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O delegado Marco Aurélio Coelho, da Polícia Federal, foi convidado para falar sobre crimes cibernéticos, como o sequestro ou roubo de dados (ransomware), durante o CIAB Febraban (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras).

A prática, que tem sido cada vez mais frequente, não tem envolvido apenas alvos menores, como pessoas físicas, mas também instituições, privadas ou não. De acordo com as palavras do próprio delegado, a maior dificuldade da qual o Brasil sofre em relação aos crimes cibernéticos é que, embora a legislação proíba as ações dos hackers mal-intencionados, é muito difícil para a Polícia Federal atuar sem a colaboração das instituições privadas e públicas que são os próprios alvos dos ataques. Segundo ele, o país deveria procurar métodos de atuação mais similares ao adotado nos EUA, onde as empresas e o próprio governo atuam nas decisões públicas de cibersegurança.

Quando questionado sobre como as corporações podem evitar os ataques, ou ao menos os efeitos mais devastadores de um sequestro de dados, Marco alegou que a melhor defesa é o backup. O delegado afirmou que embora esse método não previna o roubo de dados em si, evita que a instituição se prejudique ao perder o acesso às informações. Ainda segundo ele, as corporações devem investir em backups periódicos e completos, mas que também não sejam contínuos, para evitar que o sistema receba malwares durante o processo.

No fim de sua fala, Marco ainda citou um caso em andamento na Polícia Federal: “Me lembro de um caso recente, contra uma universidade federal. Os sequestradores pediram o pagamento do resgate em bitcoins. Nós instauramos o inquérito, mas ainda não sabemos qual será o desdobramento da situação.”

 

Fonte: Canaltech

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