Crescente adesão ao comércio eletrônico exige maior atenção dos consumidores para evitar fraudes

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As vendas online ganham cada vez mais adeptos no País. Segundo o relatório WebShoppers1, o comércio eletrônico faturou R$ 19,6 bilhões apenas no primeiro semestre e viu sua base saltar para 23,1 milhões de clientes ativos. Os números e vantagens do setor, porém, não impressionam apenas o mercado: atraem também o crime organizado, o que exige maior precaução dos consumidores, especialmente próximo a datas tradicionais do varejo, como a Black Friday, que neste ano acontecerá no dia  25 de novembro.

Para Fernando Carbone, diretor sênior de segurança cibernética da Kroll, empresa de gestão de riscos e investigações, são muitas as tentativas de fraude diariamente no ambiente digital. A boa notícia é que seguindo alguns cuidados básicos, é possível reduzir as chances de golpe.

Uma recomendação inicial simples, mas fundamental, é a certificação quanto à originalidade do site ou plataforma de compra virtual. Nesse sentido, o executivo sugere que o consumidor digite o endereço do varejista no navegador e, mesmo assim, verifique se, após o carregamento da página, ele segue sem alterações.

“O acesso por meio de links compartilhados em e-mails ou em buscas promocionais podem direcionar a sites fraudulentos, mas bastante semelhantes ao original em aparência e navegabilidade”, explica.

Outra sugestão é verificar a credencial, clicando sobre o cadeado que fica ao lado do campo de endereço do navegador, e que apresenta o certificado de autenticidade do serviço. “O certo é que esteja inscrito o próprio nome do site. Na dúvida, é indicado contatar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do varejista e confirmar a informação. ”

Carbone também enfatiza a importância de manter um antivírus instalado no computador. Já para smartphones e outros dispositivos móveis, o executivo orienta pela compra ou download de aplicativos apenas nas lojas oficiais dos fabricantes.

“Os fraudadores tendem a poupar recursos e tempo na tentativa de corromper as páginas e ferramentas dos grandes varejistas, que costumam adotar mecanismos de proteção sofisticados. Alternativamente, eles focam em criar seus próprios endereços, dando a eles um visual muito aproximado ao original e, desse modo, atraindo o consumidor, prática tecnicamente chamada de Phishing”, completa.

O Procon-SP informou neste mês que ao longo do primeiro semestre houve aumento de 60% em reclamações por atraso ou não entrega de produtos comprados no comércio eletrônico frente ao mesmo período do ano anterior. Para Carbone, “é impossível precisar, mas parte dessas queixas pode ter origem em fraudes virtuais, que acabam onerando empresas que talvez não tenham responsabilidade pelo ocorrido”.

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