Especialistas debatem o tema da segurança como ferramenta de construção para futuros desejáveis
“A segurança é mais que um setor. É uma métrica que agrega valor a tudo o que mais importa para o nosso futuro. Todos querem se sentir seguros.” Assim a futurista Lala Deheinzelin começou sua palestra que abriu o painel “Futurismo e suas visões sobre Segurança”, realizada na tarde desta quarta-feira, 11 de junho, na Arena de Conteúdo da Exposec 2025. Participaram também três futuristas especialistas em inovação e segurança: Mariana Falcão, Isabela Abreu e Catarina Papa.
Lala Deheinzelin é reconhecida como uma das principais futuristas da América Latina e indicada entre as 100 mulheres do mundo que estão cocriando um futuro colaborativo. Ela explicou que o conceito de futurismo é baseado na visão macro e de longo prazo, organizando micropontos para compor sistemas completos. “Assim como todo planejamento, é necessário estratégia para atender aos principais desejos de pessoas, organizações e sociedades. A segurança é um dos pilares mais desejados, por isso é importante entender o conceito e aplicá-lo com ações coordenadas e coletivas”, explicou.
Segundo a futurista, toda a cadeia produtiva deve analisar as etapas de trabalho e cada ciclo de transição. Desse modo, é possível organizar, criar novas estruturas, reinventar sistemas e desenvolver produtos e processos. “Empresas isoladas não rendem. Todas as vertentes do setor devem operar como um sistema integrado, buscando viabilizar o trabalho do outro e se preparar para o que está por vir. Por exemplo, a Inteligência Artificial complementa o ser humano e organiza dados para a tomada de decisões, abrindo um potencial imenso de modificação”, afirmou Deheinzelin.
O futurismo aplicado amplia o conceito de percepção e perspectiva. “Ao invés de olhar isso ou aquilo, a mente tem que ser treinada para olhar isso e aquilo”, exemplificou a palestrante. Ela falou também da importância de orquestrar as ações para atender a quatro direções essenciais, metodologia criada por ela e batizada de Fluxonomia 4D. “Automaticamente, imaginamos o futuro provável, como ele deve ser. Para mudar e fazer o futuro como desejamos, antes de agir precisamos considerar que a iniciativa traga benefícios nas 4D e alcance resultados satisfatórios em todas elas: Financeira, Cultural, Social e Ambiental”, concluiu.
Painel Futurismo e suas visões sobre Segurança
A primeira convidada a abrir o painel sobre o assunto foi Catarina Papa, futurista que atua agregando pesquisas de comportamento, tecnologias emergentes e inovação em modelos organizacionais. Ela disse que o mais importante para a visão futurista é enxergar a complexidade das coisas e contextualizar cada movimento além do setor. “Não basta pensar em segurança buscando soluções adaptadas apenas ao que nossa mentalidade conhece. O caminho é direcionar o olhar, enxergar além disso e integrar os procedimentos. Temos material humano de qualidade, e compartilhar conhecimento é um bom começo para traçar um plano de ação conjunto”, afirmou ela.
Isabela Abreu, futurista e profissional de tecnologia, atua há mais de 15 anos em projetos de inovação e compartilha da mesma opinião que as colegas, no sentido de estimular o pensamento com a visão além do óbvio. “Quando falamos de segurança, automaticamente somos remetidos à tecnologia na prevenção de fraudes, vazamento de informações ou ciberataques a sistemas. Esquecemos que o artigo mais seguro que temos são os humanos. O cérebro tem infinitas possibilidades que vão além da tecnologia material. Precisamos treinar e aplicar essas sinapses, onde vão surgir revelações surpreendentes que, aplicadas ao conhecimento, podem apontar rumos ainda inimagináveis”, disse Isabela.
Isabela Abreu usou como exemplo a recente viagem que fez à China e tudo o que viu em Pequim, que a fez pensar nas possibilidades que ainda estão por vir. “Nas ruas, a cada 50 metros, tem uma câmera. Não é apenas para monitoramento, é uma inteligência de dados integrada para previsão de situações. O sistema chinês registra cada passo de cidadãos e turistas, identifica tipos de pessoas, locais que frequentam e hábitos diários. Assim, é capaz de prever movimentações, aglomerações e comportamentos do consumidor. O banco de dados é interligado ao sistema de transporte, saúde e centros financeiros e consegue atender às necessidades e manter a ordem”, explicou.
Por fim, Mariana Falcão, especialista em cidades inteligentes com mais de uma década de experiência em inovação aplicada, falou sobre o conceito das smart cities e urbanização. “Diferente do que imaginamos, uma cidade inteligente não é somente digital. É necessário ser sustentável e utilizar a tecnologia como meio, não como objetivo final”, exemplificou ela. “É preciso desejar outros futuros, pois o futuro não é uma extensão do presente. Ele pode ser modificado de acordo com como aplicamos nossas ideias e conceitos de progresso”, finalizou.
O painel terminou com a mensagem de que hoje já vivemos cercados por tecnologias que lembram aquele antigo desenho animado “Os Jetsons”: casas inteligentes, robôs e carros autônomos. No entanto, o futuro reserva ainda mais inovações, especialmente em segurança. Com Inteligência Artificial avançada e sistemas preditivos, poderemos prever riscos e proteger vidas com precisão jamais imaginada. O futurismo aponta: o amanhã ainda pode nos surpreender.
Sobre a Fiera Milano Brasil
A Fiera Milano Brasil é a subsidiária brasileira da Fiera Milano, um dos maiores grupos internacionais na organização de feiras e congressos, com sede na Itália e presença global, responsável por reunir anualmente cerca de 30 mil expositores e mais de cinco milhões de visitantes em seus eventos. Com expertise internacional e profundo conhecimento do mercado local, a Fiera Milano Brasil oferece plataformas estratégicas para geração de negócios, networking qualificado e lançamento de tendências, conectando marcas, profissionais e soluções em ambientes inovadores e altamente profissionais. Realiza ao total, dez feiras que abrangem diversos setores da economia, como segurança, energias limpas e renováveis, tubos e conexões, cabos, saúde ocupacional, tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade, entre outros. Entre as principais marcas do portfólio estão a Exposec, Fisp, Fire Show, Congresso Ecoenergy, Fruit Attraction São Paulo — em parceria com a IFEMA Madrid —, Reatech, Tubotech, wire Brasil e Esquadria Show — esta última realizada em parceria com a NürnbergMesse Brasil.
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Sobre a ABESE
A ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança é a principal entidade representativa do setor de segurança eletrônica no Brasil. Com mais de 20 anos de atuação, a ABESE reúne empresas que desenvolvem e integram soluções em videomonitoramento, controle de acesso, alarmes, sensores, automação, entre outras tecnologias voltadas à proteção patrimonial, pessoal e pública. A entidade atua ativamente na formulação de políticas públicas, regulamentações e programas de capacitação, além de promover a inovação e o crescimento sustentável do setor. Como realizadora da Exposec, a ABESE reforça seu compromisso com o avanço tecnológico, a valorização profissional e o fortalecimento do ecossistema nacional de segurança eletrônica.
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