Coleta de biometria em bebês pode evitar fraudes e troca na maternidade
“As duas maiores preocupações de mães quando dão à luz são a saúde do bebê e a segurança da maternidade, para que seus filhos não sejam trocados.” É com essa frase que Ismael Akiyama, CEO da Natosafe, apresenta os serviços da empresa.
Criada em Curitiba, a companhia se especializa na coleta e processamento de biometria de crianças de zero a cinco anos. Com sua tecnologia, é possível colher os dados biométricos de crianças logo após o nascimento e vincular ao registro de suas mães, enviando as informações a autoridades e aumentando a segurança em todos os processos de registro de bebês.
Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, Akiyama explicou que os sistemas atuais de biometria não conseguem processar impressões digitais de crianças com menos de cinco anos. Por isso, foi preciso que a Natosafe aliasse o scanner de alta resolução à inteligência artificial, para analisar em tempo real a imagem coletada.
Segundo a empresa, o sistema pode ser utilizado pelo Estado para a facilitação de identificação ou por clínicas e maternidades, para controlar o acesso e evitar as trocas de bebês. Hoje, os controles de acesso são realizados na maioria das vezes com pulseiras com o nome do recém-nascido e da mãe.
“A pulseirinha de identificação na maternidade não é segura, então os hospitais podem implantar essa solução para fazer o controle de acesso ligando através da verificação biométrica a criança aos pais”, afirmou Akiyama à Gazeta do Povo.
A Natosafe está em fase de negociação com governos de alguns estados do país, entre eles Pernambuco e Rio de Janeiro, para implementar a tecnologia. Em Goiás, por exemplo, o convênio permitiria que o recém-nascido saia da maternidade com Certidão de Nascimento e CPF, com reconhecimento biométrico.
No Paraná, a expectativa é que até o final de 2020 seja instalado um projeto piloto na maternidade do Hospital do Trabalhador, em Curitiba, que realiza o controle de acesso por meio de digitais.
Até o início de 2021, a Natosafe espera disponibilizar a tecnologia também para famílias. Segundo Akiyama, a tecnologia já está de acordo com as normas estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD, pois não une identificações biográficas – como nomes e datas de nascimento – às informações biométricas.”
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