Aeroportos Santos Dumont e Congonhas adotam tecnologia de reconhecimento facial
A partir de agosto, a tecnologia de Reconhecimento Facial nos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) passa a ser definitiva e marca o pioneirismo brasileiro com a primeira ponte área biométrica de ponta a ponta do mundo. A Pacer instalou totens de leitura biométrica em 20 portões de embarque, sendo 12 em São Paulo e oito no Rio de Janeiro, o que vai permitir que passageiros e tripulantes viagem entre os dois aeroportos ou em voos domésticos com destinos a outras cidades sem cartões de embarque e documentos físicos.
Segundo o diretor comercial da Pacer, Giuliano Podalka, a iniciativa automatiza os processos de check-in e embarque com o objetivo de ganhar agilidade e segurança. “Nada como usar os nossos próprios rostos como documento. Além da praticidade, economizamos tempo, papel e transformamos a experiência de viajar em um momento mais prazeroso e sem intercorrências”.
O processo de implantação definitiva da tecnologia já está em andamento: ocorre de forma gradual e simultânea nos aeroportos paulista e fluminense. Após realizados os devidos testes, cada equipamento torna-se imediatamente operacional, liberando a solução tecnológica para uso de todas as companhias aéreas que operam nos dois terminais e que tenham formalizado sua adesão à iniciativa junto ao Serpro, por meio de assinatura de termo de confidencialidade e de aceite às regras da LGPD.
Antes dessa implantação definitiva, foram realizados testes no projeto piloto do programa federal Embarque +Seguro, sob condução do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e Serpro, empresa de tecnologia do Governo Federal, em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Com a biometria, o tempo médio do embarque caiu de 7,5 segundos para 5,4 segundos por passageiro. Isso significa que, com a biometria, será possível processar mais embarques no mesmo tempo do processamento atual, correspondendo a um ganho de 27%. Mas os viajantes poderão optar entre o sistema e os procedimentos tradicionais de check-in e embarque, que continuam disponíveis.
Como funciona o Reconhecimento Facial
Cada empresa aérea operando em Congonhas e Santos Dumont poderá adotar procedimentos próprios para o cadastramento biométrico e validação do passageiro na base governamental, por meio do Serpro. Neste início, para usar o sistema, o usuário deve dispor de documento biométrico válido; passagem aérea e acesso ao canal de cadastramento e validação biométrica da companhia aérea. Por meio do canal, no momento do check-in ou após a sua realização, o passageiro realizará a validação biométrica associada a seu voo. Ele deverá aceitar os termos da Lei Geral de Proteção de Dados (LPGD), devendo fazê-lo a cada novo voo. Executada essa ação, de forma digital, e sendo validado o cadastro, o passageiro estará apto a usar o sistema biométrico para o respectivo voo.
No aeroporto, a biometria facial será usada em duas etapas: primeiro, no acesso à sala de embarque; depois, no acesso à aeronave. Na entrada da sala de embarque, totens farão a leitura biométrica da face, consultando a base do governo e verificando o cadastro do passageiro e a existência do cartão de embarque válido. Aprovada a biometria, o passageiro fica autorizado a ingressar no local. A segunda etapa ocorrerá no portão de embarque, no momento de ingresso na aeronave.
Para tripulantes, o uso do novo sistema também é opcional. Quem escolher o procedimento biométrico deve acessar a aplicação Embarque +Seguro Tripulantes, por meio de dispositivo móvel, em sua conta pessoal da plataforma GovBR, onde ocorre a checagem dos dados/documentos profissionais, seguida de captura de selfie e habilitação do usuário como participante do Embarque +Seguro Tripulantes. O procedimento biométrico, contudo, não exime o profissional de se submeter à inspeção de segurança aeroportuária.
Para que fosse adotado em definitivo em dois dos principais aeroportos do país, a Infraero, operadora do Santos Dumont e de Congonhas, firmou cooperação técnica com o Serpro, desenvolvedora do sistema de validação biométrica para o Embarque +Seguro. A disponibilização dos equipamentos e interface, incluindo totens de leitura biométrica e catracas automáticas, está a cargo das empresas de TI Pacer e Digicon, respectivamente
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