Cães utilizados por empresas de vigilância não podem ser sacrificados

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Entidades representantes das empresas de segurança privada do estado de São Paulo afirmam que, se for aprovado projeto de lei municipal que coíbe a utilização de cães por empresas de segurança privada, poderá haver sacrifício de cerca de 500 animais, somente na capital.

Para o deputado estadual Feliciano Filho (PEN), porém, a lei estadual de nº 12.916/08, de sua autoria, impede que essa prática seja adotada caso os cães cheguem ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). “Desde 2008, é ilegal executar animais sadios de maneira indiscriminada no CCZ. Além disso, se os animais forem deixados à míngua, abandonados ou mortos indiscriminadamente, o Ministério Público pode atuar, com base na Lei Federal 9.605/98, pois isto é crime. Ou seja, os cães explorados por companhias de segurança privada terão, obrigatoriamente, outro destino”, explica o deputado.

Segundo o parlamentar, as empresas devem ser responsabilizadas pelo destino dos animais sob sua guarda. “A partir do momento em que adotaram esses cães como forma de dar suporte às suas atividades comerciais, são responsáveis por eles. Foram adquiridos com o intuito de exploração econômica e os treinaram para isso. Agora, chegou a hora da contrapartida, a chamada posse responsável”, sinaliza.

E existem meios de reinserir um animal para convívio em sociedade, mesmo que tenha sido ensinado a ser agressivo. “O readestramento de cães consiste em aplicar uma série de técnicas de modificação comportamental, juntamente com um acompanhamento feito por especialistas. A partir desse processo, podem ser levados a programas de adoção, onde serão adotados muito rápido, por serem cães de raça”, conclui Feliciano.

Fonte: Ricadro Viveiros/Oficina da comunicação

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