Menos de 1% das transações com criptoativos são criminosas

Embora ainda sejam vistas como motivo de preocupação, as transações financeiras digitais estão cada vez mais seguras. E isso inclui as moedas digitais. De acordo com a empresa especializada em análise de dados envolvendo a rede Blockchain, CipherTrace, apenas 0,34% das transações com criptoativos foram resultado de ação criminosa, no ano passado. É menos de 1% de movimentações suspeitas registradas em grandes bancos mundiais, de acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

A tecnologia usada na elaboração do Blockchain vem sendo analisada para uso em outras atividades virtuais que necessitem grande segurança de dados. Alguns comparam o blockchain a um “livro-razão”, que não pode ser modificado. Também o relacionam a uma “cadeia de blocos” – daí o seu nome. Os blocos de informações são criptografados e inseridos no bloco anterior, formando uma cadeia de ligações que não podem ser alteradas depois de processadas.

“O primeiro bloco, chamado Gênesis, é preenchido com as informações (os tokens), e depois é distribuído com cópia para outros blocos”, explica o especialista em criptoativos Francisley Valdevino da Silva, CEO da empresa Intergalaxy SA, uma das grandes referências do mercado nacional. “Cada novo dado é agregado a um novo bloco e ligado, primeiramente, ao Gênesis, seguindo uma sequência. Os dados ficam, então, descentralizados e, ao mesmo tempo, interligados”.

Com uma função ampla, o sistema pode servir para o controle seguro da armazenagem de dados, seja para transferências, acessos, contratos ou logins. De acordo com Silva, o blockchain alinha atributos fundamentais como credibilidade, transparência, rapidez e segurança para transações digitais.

De acordo com o instituto IDC, as organizações devem gastar em torno de US$ 6,5 bilhões em soluções Blockchain este ano e, até 2024, o crescimento no investimento deve chegar a 50% anuais. O mercado bancário lidera os gastos, respondendo por quase 30% do total, e deverá manter a dianteira pelos próximos anos – embora com queda na participação. Os principais casos de uso de no setor são pagamentos e liquidações transfronteiriças, financiamento e liquidações pós-negociação/transação.

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