Pequenas aquecem setor de solução antifurto
As distribuidoras do setor de segurança eletrônica apostam mais no mercado de PMEs do que na demanda residencial para crescer. A alta do dólar e a redução de investimentos públicos em segurança sofisticada tem desacelerado o setor, que mesmo assim deve faturar R$ 5,6 bilhões em 2016.
Os dados são da Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) e representam um incremento de 10% frente o ano anterior. O principal fator para o resultado foi o setor não residencial, como indústrias, bancos e comércio, responsável por pelo menos de 85% do consumo de equipamentos de segurança eletrônica.
A tendência vai na contramão do observado em outros continentes: na Europa, por exemplo, o percentual é exatamente inverso, com cerca de 85% dos equipamentos de segurança em residências.
Atenta a essa demanda, a Samsung lançou recentemente um produto no mercado para atender os que buscam segurança de empresa – sobretudo pequenas e médias. “O mercado de segurança convencional de grandes empresas está estagnado. O que vemos é uma certa desaceleração na área de segurança sofisticada. E por outro lado vemos uma necessidade de pequenas e médias empresas de terem acesso aos produtos”, destacou o vice-presidente da empresa para América Latina, Pedro Duarte.
Outro aspecto que também deve aquecer o setor, destaca a presidente da Abese, Selma Migliori, é atualização de sistemas já instalados.
Otimismo
A distribuidora Delta Cable tem expectativas positivas para 2016 com a entrada do novo produtos no mercado. “As expectativas da empresa para este ano são melhores que a de 2015, porém ainda com pequeno aquecimento em relação aos anos anteriores. Esperamos que a da área de segurança eletrônica supere os atuais 20% de nosso faturamento anual”, destaca o diretor comercial da Delta Cable, Mauricio Takashima ao DCI
A distribuidora Axyon também está otimista com um possível crescimento. “Nossos novos produtos estão com um preço agressivo, o que significa uma boa oferta. Esperamos um crescimento nas vendas na ordem de 15% para 2016 apenas nos produtos Samsung”, comenta o diretor de marketing e vendas da empresa, Rodrigo Martini – atualmente a Axyon distribui equipamentos de 17 fornecedoras.
“Existe um sentimento de cautela, especialmente em virtude da flutuação do dólar e da instabilidade política. Tais fatores causaram uma retração de grandes projetos no Brasil em 2015”, contrapontua Martini. Mesmo assim, a Axyon trabalha com uma expectativa de crescimento na ordem de 18% para este ano – que vê a Região Centro-Oeste como estratégica para tal salto.
Fonte: Diário Comércio Indústria & Serviços