O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, reforçou o compromisso no enfrentamento ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, destacando avanços alcançados em parceria com o Ministério Público e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Derrite participou nesta quinta-feira (23 de outubro) do Conselho Nacional de Secretários da Segurança Pública (Consesp), durante a 5ª edição do Congresso de Operações Policiais (COP Internacional). O evento aconteceu na São Paulo Expo, zona Sul da capital.
Entre os exemplos de sucesso da gestão no combate aos grupos criminosos está a Operação Carbono Oculto, que desmantelou estruturas financeiras de postos de combustíveis ligadas ao PCC. O trabalho de inteligência das forças policiais do estado já identificou cerca de R$ 21,6 bilhões em movimentações suspeitas desde janeiro de 2023.
Segundo Derrite, a proposta de equiparar facções criminosas ao terrorismo é boa, mas isso, isoladamente, não resolverá o problema da segurança pública, já que é preciso uma estratégia baseada na integração entre forças policiais, fortalecimento da inteligência e reformas na execução penal, para “encarecer o custo do crime” e combater a impunidade.
Ações contra o crime organizado
Guilherme Derrite também falou sobre a importância do protagonismo do Congresso Nacional na aprovação das modificações da Lei de Execução Penal, que endurecem as regras para a progressão e reduzem benefício. Os projetos em andamento preveem aprimorar o monitoramento eletrônico, rever requisitos para remição de pena e incluir novos crimes na lista de hediondos.
O secretário ressaltou também o investimento de R$ 30 milhões no Laboratório de Lavagem de Dinheiro do DEIC, unidade que centraliza e qualifica as investigações financeiras em todo o estado.
Outro destaque é o Programa Recupera SP, que garante que valores recuperados do crime sejam reinvestidos em segurança pública — 70% destinados às forças policiais e 30% ao Ministério Público. Desde sua criação, o programa já reverteu R$ 69 milhões às instituições, além de bens apreendidos.
Houve também avanço nas medidas de enfrentamento de crimes cibernéticos, como a criação do NOAD (Núcleo de Operações e Análise de Dados), voltado à proteção de crianças e adolescentes na internet. O departamento atua 24h por dia para desmascarar criminosos que atuam na rede de computadores.
Além disso, está em estudo a elevação da Divisão de Crimes Cibernéticos do DEIC ao status de departamento, ampliando sua estrutura e capacidade de investigação.
Mobilidade criminal
Outra medida de destaque é a implantação do Muralha Paulista, programa de integração de câmeras de monitoramento para combater a mobilidade criminal em todo o estado. A integração do bancos de dados da Secretaria de Segurança Púbica com o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), aliado à tecnologia de câmeras com reconhecimento facial e leitura de placas, permite monitorar o deslocamento de criminosos e identificar a localização de foragidos da Justiça.
O sistema representa um avanço no combate à criminalidade e já reúne mais de 38 mil câmeras integradas do Estado, de prefeituras e particulares, beneficiando mais de 60% da população.
			        
												
