Três entre 10 startups brasileiras não tem colaborador negro. ESG ainda não é adotado pela maioria

As startups brasileiras ainda são um universo liderado e mantido por homens brancos e jovens. Essa é uma das conclusões de um levantamento publicado pela Abstartups – Associação Brasileira de Startups  em novembro de 2021. O mapeamento ouviu 2.486 startups entre agosto e setembro deste ano. O nível de confiança da pesquisa é de 99%, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

De acordo com dados divulgados pela Folha de S.Paulo, quando questionadas, 97% das empresas ouvidas afirmam apoiar a diversidade. A maioria (61%), porém, não tem ações voltadas ao tema, e em 31% delas não há nenhum colaborador negro.

Há outros desequilíbrios identificados pela entidade. Quase 20% das startups não têm colaboradoras mulheres, e 62% não possuem pessoas com mais de 50 anos na equipe. Apenas 10% das startups têm como fundadores apenas mulheres, e 83% têm até 45 anos.

Pessoas transgênero aparecem em 8% das companhias pesquisadas. Já portadores de algum tipo de deficiência aparecem em 9% das companhias que fizeram parte do levantamento. Em relação à etnia, 55% dos fundadores autodeclaram-se pardos, e apenas 4,5%, pretos.

Chama atenção, também, que a maioria das empresas respondentes (56%) declarou não ter iniciativas relacionadas aos princípios ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês), mesmo pertencentes a segmentos que são fortemente cobrados por iniciativas nesses campos. Educação é o setor de atuação mais popular das entrevistadas, sendo 11,5% das startups. Em segundo lugar está saúde e bem-estar, com 9,4%; finanças é o terceiro com 8,5%.

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