Integridade de dados é essencial para reputação de empresas

“Dados são o novo ouro”. A máxima não é à toa: atualmente o armazenamento, coleta e pesquisa de informações das pessoas é de extrema importância e desprotegê-los não causam apenas o prejuízo de um indivíduo, mas a reputação de toda uma cadeia produtiva. E um ataque cibernético robusto não ocorre somente por conta de uma invasão hacker, uma senha muito simples ou um sistema de proteção de dados vulnerável são as brechas perfeitas para que uma dor de cabeça imensa aconteça.

 

Para Yasodara Cordova, pesquisadora-chefe em privacidade na Único, startup de autenticidade digital, em artigo no site Convergência Digital, a integridade de dados teve os seus avanços, como o advento da Lei Geral de Proteção de Dados, contudo, é preciso ainda percorrer um longo caminho, que perpassa entender ferramentas como a Inteligência Artificial. “É difícil pensar em uma grande empresa que não está sendo transformada pela inteligência artificial e por dados em geral. Ao aplicar, por exemplo, técnicas de Machine Learning, elas podem reduzir custos, aumentar a produtividade e impulsionar o seu crescimento, ganhando vantagem competitiva no mercado”, informa.

 

Integridade de dados

 

 

Porém, é necessário proporcionar a confidencialidade dos dados, direito fundamental assegurado na Constituição Federal, tema ainda mais relevante por conta das transformações tecnológicas, descreve a gestora em seu texto: “Os usuários têm o direito de receber informações claras e compreensíveis sobre como seus dados serão utilizados antes de concederem seu consentimento. Já as organizações têm o papel fundamental de serem claras quanto ao seu uso e compartilhamento”, frisa.

 

O que Yasodara informa acende um alerta comprovado em um estudo do Gartner realizado entre maio e junho de 2022 com 1.310 colaboradores de empresas norte-americanas: 69% dos entrevistados admitem que ignoraram orientações de segurança cibernética de sua organização. Para piorar, 74% reconheceram que estariam dispostos a deixar de lado as orientações de segurança cibernética se isso os ajudasse a atingir um objetivo de negócio.

 

“Isso deixa claro que quando as áreas de negócios não compreendem ou não escutam os times de cybersecurity (segurança digital), as perdas são palpáveis”, enfatiza Hilmar Becker, country manager da F5 Brasil.

 

Para o executivo da F5, organizar uma cultura focada em segurança depende do time de TI e do time de negócio passarem a falar uma nova língua. Como? Usando meios como métricas para enfatizar que adotar a cibersegurança garante menos perdas financeiras, operacionais ou valor da marca. “Para serem melhor compreendidas, essas métricas têm de estar inseridas em histórias com impacto imediato sobre os membros da empresa”, finaliza.

 

Foto: reprodução

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