Blockchain: tecnologia dita o futuro de vários setores da sociedade
A tecnologia blockchain ganhou relevância ao longo do tempo ao proporcionar segurança e rastreabilidade às operações no mercado financeiro e de criptomoedas. Hoje, setores como entretenimento, games, leilões online, saúde, educação, sustentabilidade e até órgãos públicos vêm usando a tecnologia com os mesmos objetivos.
Segundo Ronaldo Sodré Santoro, fundador e CEO da Bom Valor, Estônia, Geórgia, Emirados Árabes Unidos, Suécia, Estados Unidos e Reino Unido são exemplos de países que contam com projetos baseados em blockchain para tornar mais seguras as transações. “Dubai, por exemplo, desenvolveu todos os seus serviços públicos apoiados na tecnologia, do sistema de criação de identidade digital descentralizada à gestão de ativos, com a transferência de uma pessoa para a outra, utilizando tokens criptográficos e automatizando os pagamentos diretos”, conta.
Confiabilidade nas transações online
Segundo ele, as redes 5G devem impulsionar ainda mais a utilização da blockchain, tanto nas transações online em geral — ao evitar falhas no sinal de internet — quanto para viabilizar a criação de um sistema de armazenamento e processamento de dados rápido e confiável, como é o da blockchain, que demandam mais capacidade de banda larga.
Ronaldo conta que no Brasil, diversas iniciativas incluindo governo, universidades, associações, entidades, e empresas privadas, tais como o Ministério da Educação, a Agência Nacional de Aviação (ANAC), a Universidade Federal da Paraíba, o Carrefour e, destacadamente, o segmento dos leilões online já usam a tecnologia blockchain para controlar, descentralizar, registrar e rastrear as suas atividades.
“São justamente essas características que têm permitido à blockchain avançar rapidamente para setores tão diferentes, e existe toda uma expectativa de que ela se transforme no principal motor tecnológico da chamada de Web 3.0”, destaca.
Crescimento das startups
Para se ter uma ideia de seu avanço, o Global Startup Ecosystem Report, de 2021, registra que as empresas baseadas em blockchain representam 10% das startups em todo o mundo. O relatório divide as startups em subsetores em crescimento, amadurecidos e em declínio e a blockchain está no primeiro grupo, em que a taxa média de crescimento é de 107%, e que inclui tecnologia agrícola (agtech) e novos alimentos, manufatura avançada e robótica, inteligência artificial (IA), big data e fintech. Ainda de acordo com o documento, a blockchain é o segundo subsetor com crescimento mais rápido em termos de financiamento em estágio inicial, com uma taxa de expansão de 121% nos últimos cinco anos.
Em abril último, a Cointelegraph Consulting informou que as empresas de capital de risco acumulam investimentos de mais de US$ 16 bilhões em ações de blockchain desde 2012.
Outro dado interessante é do relatório da Frost & Sullivan, o qual aponta que a biometria comportamental, governo digital, comércio eletrônico, bancos e segurança aeroportuária podem ver algumas das maiores e mais notáveis mudanças na próxima década, e elas aparecem à medida que os desenvolvimentos em inteligência artificial e tecnologia de blockchain avançam.
Segundo Ronaldo, a tendência de expansão do uso da tecnologia também deve ocorrer na área de saúde e em mercados relacionados ao meio ambiente.
Além disso, ele informa que a rede Bom Valor tem se destacado no mercado de leilões online ao adotar a blockchain em todas as operações que realiza. “Nos últimos 24 meses, mais de R$ 480 milhões foram transacionados nas plataformas da rede utilizando a tecnologia”, informa.
Para o executivo, não resta dúvida de que a blockchain tem muito a contribuir com governos, universidades, empresas e organizações para atuar na minimização dos efeitos das emissões de carbono, e 2022 será um ano de muitos avanços, inclusive sob o impulso das empresas que já estão adotando a tecnologia.
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