Desafios e os impactos do metaverso na experiência do usuário

O metaverso não é uma novidade recente, mas ficou em maior destaque desde o ano passado, quando o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, mudou o nome da empresa para Meta e anunciou planos de grandes investimentos na tecnologia que combina realidade virtual e aumentada para proporcionar experiências interativas e imersivas mesclando o mundo real com o virtual. Diversos setores apostam em oportunidades de negócio usando o metaverso e o e-commerce já vem arriscando algumas aplicações.

“Ainda é difícil prever aonde iremos chegar, mas certamente os recursos do metaverso são capazes de criar uma experiência totalmente única e diferenciada. Algumas marcas estão fazendo experimentos e isso é um diferencial, pois o consumidor de hoje está mais antenado e conectado com as novidades e muito receptivo a ter outras vivências. Não se trata apenas de consumir, mas de ter acesso a jornadas de consumo prazerosas e surpreendentes”, explica Cristina Fragata, sócia e COO da Attri –  empresa de tecnologia e usabilidade que oferece soluções para melhorar a experiência de milhões de usuários.

A especialista avalia que será um desafio viabilizar o metaverso para uma maioria no Brasil, já que a disseminação da tecnologia depende de muitos fatores, mas cada empresa deve buscar sua evolução natural. “Muitos fatores pesam sobre a capacidade de adesão ao metaverso, como realidade econômica, infraestrutura das telefonias, conexão de alta qualidade com baixa latência, chegada do 5G, entre outros pontos. Mas é importante que as empresas encontrem sua evolução natural para que possam implementar o metaverso no momento certo e conforme as estratégias dos seus negócios, aproveitando os benefícios que ele traz para melhorar a experiência dos clientes”.

 

A experiência do usuário e o papel do UX design

 

Se a grande expectativa do metaverso são as experiências únicas que ele pode proporcionar, o UX design tem papel relevante nesse universo, já que a experiência do usuário, mais do que nunca, fica no centro das estratégias.

“Hoje, quando falamos de UX design, o foco geralmente é garantir que o usuário realize o que precisa de maneira simples e intuitiva, por isso falamos tanto na usabilidade dos produtos. Mas quando se trata do UX design para o metaverso, esse foco muda, porque nele é preciso oferecer uma experiência imersiva e interativa, ou seja, não basta apenas conduzir o usuário, é preciso entregar condições, sensações e experiências que ele teria em sua realidade. Por isso acredito que o UX Design pode ser o responsável por garantir que as pessoas queiram entrar no metaverso e explorá-lo”, explica Cristina.

Segundo a COO, além dos requisitos que o UX design atende hoje em projetos comuns, haverá outras exigências no metaverso que podem ser determinantes para uma interação fluida com o usuário, garantindo engajamento.

“A diferença é que no metaverso o usuário interage com a interface de dentro dela, por isso não basta o design ser intuitivo, fácil de usar e esteticamente agradável. Ele precisa ser totalmente imersivo, além de convincente. A interação do usuário precisa ocorrer da forma mais fluida e natural possível, senão deixa de replicar a realidade. Aliás, o metaverso quer, inclusive, superar a realidade, e o UX design pode ter um papel preponderante nesse desafio”.

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