Pagamento por aproximação cresce 470% e ganha força até no transporte público

O pagamento por aproximação parece ter caído no gosto do brasileiro. No ano passado, de acordo a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), compras realizadas por meio de dispositivos equipados com a tecnologia NFC (sigla em inglês para Comunicação por Campo de Proximidade) movimentaram R$ 41 bilhões, um aumento de 470% em relação ao ano anterior.

Se em janeiro de 2020, antes da pandemia do novo coronavírus, apenas 0,7% dos pagamentos por cartão eram por aproximação, em dezembro o índice já estava na casa dos 3%. Parece pouco, mas o número representa 114 milhões de transações.

Um dos motores desse novo hábito de consumo é, como se poderia esperar, a pandemia da Covid-19. A tecnologia, além de trazer praticidade e rapidez, reduz o uso de dinheiro em espécie e permite que o pagamento seja feito sem contato físico. Outro fator foi o aumento do limite de transações, que passou de R$ 50 para R$ 200 no fim do ano passado.

Vale salientar ainda que bancos e outros emissores têm priorizado emissão de cartões com NFC. Encontrar maquininhas compatíveis também tem se tornado comum. “Observa-se, ainda, a diversificação de possibilidades de transação para além do comércio em geral. A modalidade vem sendo implantada em outros segmentos, como o transporte público e em praças de pedágio”, afirmou a Abecs em nota.

Um ótimo exemplo é o metrô do Rio de Janeiro. De março de 2020 para cá, a concessionária MetrôRio contabilizou 1,3 milhão de transações por aproximação. Na comparação com 2019, o crescimento foi da ordem de 120%. Quase todos os clientes (97%) que utilizaram a solução uma vez voltaram a utilizá-la e a maioria preferiu cartões (89%) a outros dispositivos como celulares e pulseiras (11%).

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