Manejo de procedimentos e a adequação operacional em incidentes críticos

0

Por Wanderley Mascarenhas de Souza

O que se pretende nesta abordagem é a avaliação do grau do incidente e a capacidade de evitá-lo ou mesmo reagir, para que ele não se concretize. Para tanto, deve-se recorrer ao tradicional questionário:

  • QUE: natureza do incidente;
  • ONDE: local do incidente;
  • QUANDO: tempestividade do incidente;
  • COMO: circunstâncias do incidente;
  • QUEM: envolvidos no incidente.

Conhecido o incidente, impõe-se saber avaliar a evolução possível até tornar-se provável. Desde que provável, impõe-se acompanhar a evolução em cada momento, para que se tenha noção de como um incidente provável, se torne um pouco provável a muito provável. O incidente vai evoluindo em sua probabilidade em função do tempo, local e outras circunstâncias próprias e peculiares a cada caso.

Técnica de reação

  • QUE: reagir diante do risco identificado para neutralizar e/ou minimizar seus efeitos perversos;
  • ONDE: na área crítica com o intuito deliberado de abortar o risco;
  • QUANDO: no ato de concretização do evento crítico, face a sua iminência ou realidade;
  • COMO: impedindo a consumação do risco agindo com segurança, técnica e previsão;
  • QUEM: as prováveis vítimas usando do direito legal de legítima defesa, da vida e do patrimônio.

Estratégia de gerenciamento

Definição do tipo de segurança;

Política de segurança x política da empresa;

Tecnologia e análise de mercado;

Análise contingencial; Capacidade de resposta;

Planejamento de medidas e condutas preventivas e emergenciais.

Adequação operacional

É a aproximação mais balanceada para a responsabilidade de saber ou ter razão para saber, ou pelo que tem sido ou deveria ter sido observado ou por experiência passada, de fatos e atos em grau de comprometimento à segurança da organização.

A questão de maior relevância é a da habilidade de previsão, ou seja, o dever de proteger a empresa dos possíveis e prováveis riscos, principalmente aqueles com maior probabilidade de ocorrer (probabilidade iminente do perigo), que depende basicamente da demora de tempo da ocorrência, a natureza e a extensão dos riscos previstos.

Outro fator que deve ser analisado é o da segurança razoável ou o dever de adotar procedimentos adequados para proteger a empresa.

A política de segurança para atuar no gerenciamento das crises nas organizações empresariais deve estar clara e decidida antes do evento acontecer, caso contrário haverá limitação nos critérios de ação para a tomada de decisão, no momento da sua ocorrência.

Por fim, limitar o potencial da ocorrência de eventos críticos, demonstrando que o gerenciamento é cuidadoso e eficiente. Isto é possível analisando e estudando as estatísticas que a polícia e outras instituições possuem, além da coleta de dados de fontes adicionais de informações que podem incluir pesquisa e a probabilidade de ocorrência dentro do seu ambiente. Pela comparação das estatísticas com estas e outras fontes, pode-se realizar uma contribuição para a diminuição do impacto na atividade empresarial.

 

* Wanderley Mascarenhas de Souza é especialista em Gerenciamento de crises, negociação, explosivos e sequestros e colunista da revista Security Brasil.

Deixe uma Resposta
BLANK style is purely built for customization. This style supports text, images, shortcodes, HTML etc. Use Source button from Rich Text Editor toolbar & customize your Modal effectively.
Close