Artigo: Novos requisitos de segurança para grandes eventos
por Alessandra Faria
Os principais desafios em eventos internacionais devem ser enfrentados com o apoio da tecnologia para identificar suspeitos de forma preventiva, evitar incidentes e punir infratores. Nas próximas semanas, a segurança está em jogo no Brasil. É consenso entre os especialistas de segurança que, junto à capacitação humana, é igualmente importante o bom uso de novas tecnologias para garantir a segurança das milhares de pessoas que acompanharão o maior evento esportivo do mundo.
A experiência com o uso de sistemas de videomonitoramento avançado em outros grandes eventos internacionais mostra que é fundamental trabalhar com inteligência na prevenção de atos que apresentem risco à segurança dos demais e, em caso de algum incidente, possibilitar uma resposta imediata e a identificação dos suspeitos.
Essa capacidade de identificar suspeitos, evitar incidentes e punir infratores depende cada vez mais da captura de dados úteis de forma contínua e do cruzamento dessas informações em tempo real com bases de dados compartilhadas entre cidades, estados e países. São mudanças que acabaram por imprimir um novo modelo de gestão de segurança em grandes eventos. Hoje, as principais necessidades de vigilância para os estádios e as instalações para eventos incluem:
• A identificação antecipada de incidentes reais ou potenciais, uma melhor consciência da situação e respostas coordenadas;
• O acesso a gravações de alta qualidade, que podem ser usadas como provas nas investigações;
• A interpretação eficiente de todos os dados recebidos pelo centro de operações;
• Operações contínuas sob quaisquer circunstâncias.
Nesse caminho, é impossível pensar a segurança de estádios e outros eventos de grande porte sem o apoio de câmeras de videomonitoramento modernas e equipadas com tecnologias de analíticos de vídeo, análise forense e imagens de qualidade em qualquer situação adversa.
Para estádios e instalações para eventos, o aproveitamento de imagem é fundamental. Isso significa garantir que as câmeras de rede sejam adequadas à finalidade para a qual o sistema foi projetado, com foco nos recursos de imagem que abordam necessidades específicas, fornecendo vídeos que possam ser aproveitados, independentemente das condições da cena de vigilância ou do momento em que essas imagens sejam solicitadas:
Antes – Ajudam a identificar e deter os desordeiros antes que eles entrem na arena e alertam os funcionários e a polícia sobre pessoas com comportamento suspeito, acesso não-autorizado a áreas restritas ou objetos abandonados.
Durante – Fornecem uma visão geral em qualidade 4K de toda a instalação do evento, combinada com a capacidade de ampliar e examinar os mínimos detalhes em uma cena. Analíticos de vídeo, como o reconhecimento facial, ajudam a encontrar suspeitos em tempo real e adotar ações antes de que qualquer crime seja cometido.
Depois – A análise pós-evento, com sua capacidade de buscar automaticamente fatos específicos em meio a um amplo conjunto de dados, está orientada à investigação forense. O processamento de vídeo se faz nos arquivos e pode alcançar resultados por meio de critérios ou atributos de pesquisa predefinidos. Graças ao seu complexo sistema de algoritmos e sua capacidade de estabelecer parâmetros predefinidos, como a detecção de movimento, o reconhecimento facial ou o cruzamento de limites, entre outros, esta tecnologia facilita a complexa tarefa de identificar e rastrear pessoas, objetos e movimentos. Mas talvez o mais importante seja a capacidade de extrair, processar e sintetizar toda a informação relevante que possa ser a chave da análise de um incidente e sua solução.
Com os recursos tecnológicos adequados, é possível garantir uma qualidade excepcional para ajudar a desmontar planos em ação, identificar os envolvidos de forma preventiva e apoiar investigações após um incidente. Especialmente em grandes eventos, a principal arma da sociedade contra o crime é a inteligência de suas forças policiais.
Alessandra Faria é diretora da Axis Communications