Aumenta busca por monitoramento inteligente no Brasil

Os números de roubos e furtos no Brasil, infelizmente, continuam em crescente. E para piorar, são subnotificados, já que muitas vítimas acabam por não fazer um boletim de ocorrência. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do último trimestre de 2021, mostram que 57,1% daquelas que foram roubadas dentro de casa não contataram a polícia para lavrar um B.O. Outra pesquisa que assusta, segundo a 2018 Global Law and Order, pesquisa de opinião do Instituto Gallup divulgada em 2018, o Brasil é o quarto país no mundo em que as pessoas se sentem mais inseguras, entre 142 nações.

A busca por garantir a proteção de residências e empreendimentos faz aumentar também o mercado de câmeras de monitoramento e sistemas de segurança eletrônica. Levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), apontou que o setor de segurança eletrônica faturou R$ 9,24 bilhões em 2021, cresceu 14%, superando os resultados do ano anterior (13%). Câmeras corporais, equipamentos touchless e câmeras com reconhecimento facial, drones e o rastreamento de frotas e veículos foram os itens que mais despontaram.

 

Monitoramento inteligente

 

Raphael Pinto, analista de produto da Intelbras, mostra que um exemplo de monitoramento inteligente é a implantação de centrais de alarme nas residências, condomínios e estabelecimentos comerciais. É o dispositivo responsável por acionar a empresa de monitoramento e o proprietário do imóvel no momento da intrusão, além de emitir um sinal sonoro disparado pela sirene: “Se a casa possuir sensor de movimento com tecnologia PET CAM, o dono da casa recebe duas fotos do local. As imagens permitem identificar se foi um disparo acidental ou se uma invasão realmente está acontecendo. E, se possuir sistema de circuito interno de câmeras, o CFTV, são acionadas e é possível acompanhar em tempo real o que estiver acontecendo”, comenta.

Segundo dados da empresa de segurança Verisure, chamado Barômetro, no ano de 2022, do total de invasões registradas em sua base de clientes como casos reais, residências representaram 21,12% dos registros e ocorreram mais às quartas-feiras, entre 12h e 14h; e negócios representaram 78,88% dos registros e ficaram concentradas às segundas-feiras, entre 4h e 6h.  De janeiro a dezembro do último ano, a cidade que mais sofreu invasão em residências e negócios foi Vitória, com (1%) em residências e (1,2%) em negócios. Os números são compilados sobre os dias e horários em que a central receptora de alarmes recebe mais alertas de disparo dos equipamentos instalados em seus clientes nas cidades onde atua: Recife, Salvador, Brasília, Goiânia, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Grande São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.

Os especialistas recomendam a contratação de um serviço especializado para instalação e verificação do local em que será adotado o serviço, já que os equipamentos possuem diferenças nas tecnologias embarcadas.  

 

Segurança privada

 

No caso de condomínios, projetos de segurança envolvem muitos aspectos, como o controle do perímetro e dos acessos e a tecnologia pode ser também a maior aliada, com supervisão remota e segurança não-invasiva.

A SegurPro, empresa de segurança privada, oferece ao mercado brasileiro serviços customizados. Um deles é o sistema de Segurança Híbrida, que busca se antecipar aos riscos e ameaças, sendo capaz de se antecipar a novos riscos de forma inteligente e ágil, levando em conta as diversas ameaças de diferentes áreas, sejam físicas ou digitais. “Na era do chamado mundo figital, estabelecemos o conceito da Segurança Híbrida nos baseando em três pilares: profissionais qualificados, uso de dados de forma inteligente e tecnologia disruptiva. Com isso conseguimos oferecer uma segurança mais completa e integrada para o condomínio, independentemente do tamanho ou localidade”, frisa Frank Ribeiro, diretor de Vendas e Marketing da SegurPro.

 

Vale frisar que investir em equipamentos é importante e essencial. Porém, se faz ainda mais a necessidade de treinamento de pessoas, o que inclui os cuidados a serem tomados pelos proprietários, moradores, condôminos, bem como o uso de outros itens, dependendo de cada caso, como cercas elétricas ou barreiras de movimento, além de um sistema de alarme composto por sensores e por uma central de gerenciamento, como citado anteriormente.

 

Foto: Reprodução

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