Biometria facial nos aeroportos dispensa cartão de embarque e documento com foto

Passou a funcionar em agosto, no Brasil, a biometria facial no processo de embarque em aeroportos. O primeiro voo com o chamado Embarque+Seguro partiu do Aeroporto Internacional de Brasília, considerado o maior centro de conexão de voos domésticos do Brasil. Com essa tecnologia, não é necessário apresentar cartão de embarque e documento com foto. A promessa é que o novo processo de identificação vai reduzir filas e tornar o embarque mais seguro.

A companhia LATAM realizou 54% de todos os testes feitos para o programa criado pelo Ministério de Infraestrutura, e desenvolvido pelo Serpro – Serviço Federal de  Processamento de Dados. O serviço trabalhou em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. A partir dos testes iniciais, o programa expandiu para voos das companhias Gol e Azul, com mais de 2.600 passageiros voluntários, nos aeroportos de Congonhas (SP); Belo Horizonte (MG); Florianópolis (SC); Salvador (BA) e Santos Dumont (RJ).

A tecnologia continua em período de testes. No entanto, todos os procedimentos respeitam a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. De acordo com o Serpro, os passageiros dispostos a participar dos testes assinam um termo de consentimento, e os dados não são compartilhados com terceiros.

Como funciona?

Na hora do check-in, alguns passageiros recebem convite para participar do Embarque+Seguro. É necessário fornecer, além da autorização de uso de dados, CPF e foto. Um link é enviado para o celular do viajante. Após autorização do detentor dos dados, a companhia aérea confere a biometria em um programa criado pelo Serpro. É feita uma comparação de dados nas bases do governo com foto do passageiro, que é tirada na hora.

A fase de testes vai até setembro de 2021, e o objetivo é instalar um processo definitivo de reconhecimento facial nos principais aeroportos do país.

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