A companhia brasileira Blaze Information Security deve ter um faturamento 87,5% maior em 2021 em relação ao ano passado. Um dos trunfos da empresa é ter se tornado uma das principais referências em desenvolvimento seguro e pentest — tipo de teste executado preferencialmente nas fases finais de um produto digital. É simulado um ataque hacker, e a segurança do sistema é avaliada.
Um dos motivos para a grande procura deste tipo de serviço é, justamente, o aumento dos crimes eletrônicos, e regulações como a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. A legislação brasileira tem contrapartes em outras regiões do mundo, como a europeia GDPR – General Data Protection Regulation.
Para se ter uma ideia, em 2019 o Brasil era o terceiro país no ranking de ataques cibernéticos (Symantec). Em 2020, os números aumentaram, e o Brasil sofreu mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques na internet, de janeiro a setembro do ano passado (Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America)
A proposta da Blaze é emular o comportamento dos criminosos, antecipando atividades e localizando brechas no sistema dos clientes.
“Os clientes corporativos prezam por testes com frequência, sobretudo avaliações de segurança mais focados a objetivos, como, por exemplo, conseguir acesso ao sistema de folha de pagamentos ou dados de executivos ou do conselho da empresa”, diz Willian Caprino, especialista em cibersegurança e diretor de desenvolvimento de novos negócios da companhia, em matéria publicada pela coluna Bússola de Exame.
Outro atrativo apontado pela coluna são as certificações da companhia, que tem escritórios no Brasil, Portugal, Polônia, Holanda e Alemanha: ISO 27001 e ISO 9001.
Expansão | No primeiro trimestre de 2022, a empresa prevê expandir suas operações para os Estados Unidos, visando aumentar a prospecção ativa de clientes no país, sobretudo em centros como São Francisco, Nova York, Boston, Austin e Seattle.
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