Empresas de segurança são contratadas para vigilância coletiva
A sensação de insegurança é uma realidade de muitas metrópoles brasileiras por conta dos crescentes números de roubos e furtos de itens como celulares.E nos chamados de bairros de alto padrão, a demanda torna-se ainda mais presente. Levantamento feito pelo Jornal Metrópoles revelou que, ao longo de 2022, foram registrados 16 assaltos por hora na capital paulista. Pinheiros, Jardins e os circundam a Avenida Paulista, como Consolação, estão entre os locais que tiveram maior aumento de casos no último ano.
Na outra ponta, emerge também a união de proprietários de imóveis comerciais e residências que se unem para contratar empresas de segurança privada. Estas, por sua vez, estão sofisticando suas estratégias de proteção, desde os já tradicionais sistemas de monitoramento e a vigilância em calçadas do entorno, até veículos blindados para proteção de patrimônio.
Um exemplo é no bairro de Vila Leopoldina, cuja a associação de moradores, em meio a uma alta de roubos e furtos, decidiu contratar quatro veículos de uma empresa particular de segurança para patrulhar as ruas da região. “É um reforço no monitoramento, nem segurança chega a ser. Essa empresa vai avisar o 190 (Polícia Militar) simplesmente se vir qualquer ocorrência, qualquer movimentação estranha”, argumenta Umberto de Campos Sarti, presidente da associação Viva Leopoldina, ao jornal Folha de S. Paulo.
Corredores comerciais seguros
Uma das táticas adotadas pelo comércio são os chamados “corredores comerciais seguros”. Proprietários adquirem conjuntamente câmeras de segurança para monitorar as ruas onde estão os estabelecimentos. “A proposta cria uma barreira de proteção no corredor comercial e busca atrair novamente os clientes que se sentem inseguros”, explica Luciano Caruso, co-fundador da CoSecurity, à Bloomberg Línea. A empresa foi contratada pelo grupo de comerciantes da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, na região dos Jardins, SP, famosa pelas lojas de luxo no segmento de decoração, para a instalação de 100 câmeras de segurança em três quilômetros de extensão.
Segundo informações da empresa, esses equipamentos são posicionados em totens iluminados por LED e possuem um QR Code para que qualquer pessoa possa reportar uma ocorrência à central. “Ter uma empresa só que monitora e gerencia as imagens é muito importante para agilizar a comunicação com a polícia, no caso de haver uma ocorrência”, frisa Fábio Berbari, empresário e ex-diretor financeiro da Associação de Moradores e Comerciantes da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, ao site Mercado e Consumo.
Foto: reprodução
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