Inovações para CFTVs atendem de grandes empresas até residências. É preciso saber qual sua necessidade

Os circuitos fechados de TV estão entre os equipamentos mais procurados dentro do mercado global de segurança

É impossível falar de segurança patrimonial sem pensar em câmeras de segurança. Ou, mais tecnicamente, dos CFTVs – circuitos fechados de TV. Mas as coisas evoluíram bastante desde o uso de grandes câmeras quadradas e uma central repleta de fitas de vídeo ou disquetes armazenados em gabinetes.

Não há dúvida de que o CFTV é um dos produtos mais procurados dentro do mercado global de segurança, indústria que deve fechar 2020 movimentando cerca de US$ 240 bilhões, segundo levantamento da Statista. No Brasil, de acordo com a Abese – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, esse mercado faturou R$ 7,17 bilhões no último ano, e deve fechar 2020 com um crescimento previsto de 12%. Portanto, há ânimo para investir.

Mas se as tecnologias mais avançadas se desenvolvem em torno de IP (internet protocol), outras opções mais ou menos sofisticadas (ou caras) também ajudam a movimentar o mercado. Uma parte do público consumidor desse tipo de sistema são casas e condomínios residenciais, e para esse tipo de necessidade os CFTVs, baseados em IP, são um investimento geralmente muito elevado. A solução mais moderna amplamente empregada são as câmeras analógicas que gravam em HD.

“Os equipamentos baseados em IP vêm ganhando volume no mercado por apresentar várias funções analíticas que não são possíveis encontrar nas linhas analógicas. Por exemplo, o processo de reconhecimento facial cresce no mercado a cada dia”, comenta Marcio Slizewski, representante de Dyno Security, empresa baseada em Curitiba e que presta serviços de segurança eletrônica.

Ele explica que, por enquanto, sistemas digitais analógicos ainda ganham em volume, mas vêm perdendo com o avanço da internet e das redes wi-fi. “Observaremos um grande avanço no mercado nos próximos anos”, prevê. Alguns dos motivos são melhorias na compactação de imagens, melhorando as transmissões, e a inserção de funções analíticas como linhas de cruzamento, objetos retirados, entre outros. Um dos destaques da Dyno, por exemplo, é a linha Troodon. Em parceria com as câmeras, os gravadores da marca têm funções como detecção de invasão de perímetro, contagem de pessoas, funções de IA (Inteligência Artificial), como deep learning, reconhecimento de face e detecção de pessoa ou veículo. A inteligência artificial é auxiliada por um algoritmo da Megvii. Tudo isso ocorre de acordo com a nova Lei Geral de Proteção de Dados. O técnico em segurança esclarece que o cliente é proprietário de todos os dados que gerencia.

Mas o mundo do sistema de vigilância em vídeo é vasto. Para quem pensa em instalar um sistema desses – seja em um condomínio, empresa, escritório ou galpão, uma das primeiras perguntas é: para qual finalidade você precisa de um CFTV?

“Sem dúvida a precaução é o melhor caminho. Buscar um consultor de segurança ajuda a prevenir de forma significativa perdas de bens e, principalmente, de vidas”, conclui Slizewski.

Inovações e curiosidades que ampliaram o universo CFTV

Visão 360º – talvez você não precise de visão em 360º se uma câmera de 130º for colocada no local correto. No entanto, elas existem e já estão disponíveis no mercado.

Reconhecimento facial – já abordamos esse tipo de tecnologia aqui, mas para além das necessidades de vigilância em locais públicos e ambientes corporativos, essa tecnologia também pode ser útil em casas. Já existem companhias que oferecem serviços que identificam os integrantes da família ou pessoas conhecidas, como o Netatmo Welcome. Claro, também avisa se estranhos entrarem na casa.

Visão noturna – as câmeras de visão noturna não são exatamente uma novidade, mas com o avanço tecnológico, mais modelos devem surgir com esse tipo de função e outras tecnologias embarcadas, com o exterior da câmera resistente à umidade e outras condições climáticas desafiadoras.

Uso com smartphones – a integração das câmeras com os celulares já é uma realidade, não apenas para ambientes empresariais como também para famílias. É possível alterar até mesmo o ângulo das câmeras.

Energia solar – a instalação de uma nova tecnologia logicamente implica análise de custos, não apenas para adquirir o produto, mas para mantê-lo funcionando. Por isso, muitos adiam a instalação de um CFTV, porque a instalação requer, inclusive, um sistema de cabos. Uma opção recente são as câmeras alimentadas por energia solar, com tecnologia sem fiação.

Câmeras “falantes” – o preço é salgado no Brasil (ultrapassa os R$ 3 mil), mas o Google oferece a Nest Cam para sua casa ou escritório. Além de câmera de alta definição, o aparelho permite que você fale com o interior da sua casa. Vale para assustar um invasor e até para evitar que seu pet destrua algo valioso.

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