Moradores de condomínios devem tomar alguns cuidados ao viajarem no fim de ano
Ações básicas e investimentos em tecnologia são apontados como foram de garantir a segurança e evitar dores de cabeça
Com a proximidade do fim do ano muitas famílias começam a planejar viagens. E como fica o apartamento? Essa questão é cada vez mais complicada pois há histórias de pessoas que viajaram e, ao voltar, encontraram a porta arrombada e até os móveis foram levados. Mas existem alguns cuidados que devem ser tomados tanto pelos moradores como pelo condomínio podem evitar surpresas desagradáveis.
Para a síndica profissional, Karina Nappi, sócia da Admix Service, em primeiro lugar é preciso que seja indicado um contato de emergência para o zelador ou o síndico do prédio. “Deve ser uma pessoa de confiança que ficará com uma cópia da chave do apartamento caso seja necessário entrar no local”, explica. “Também é preciso deixar na portaria uma autorização de entrada dessa pessoa em caso de emergência. A chave nunca deve ficar com porteiro, zelador ou síndico”.
Outros cuidados básicos, de acordo com a especialista, é desligar a energia elétrica, o registro de água e gás. “São procedimentos simples que evitam problemas sérios caso surja um imprevisto como um cano estourado ou vazamentos”.
Karina também defende a instalação, pelo condomínio, de portaria virtual. Uma forma que, segundo ela, oferece mais segurança em qualquer momento. “Tanto quando a família está em casa ou quando resolver viajar”. Ela lembra que o sistema é monitorado a distância, por uma empresa terceirizada. “Desta forma, não haverá quaisquer possibilidade da portaria deixar alguém que não esteja autorizado, entrar. Mesmo uma faxineira que vá até o apartamento segunda-feira e quinta-feira, por exemplo, mas que seja chamada na terça,sem um comunicado para a empresa que faz a monitoração, não será autorizada a entrar, o que não ocorre quando há uma pessoa cuidando da portaria”, explica.
Mas Karina faz uma ressalva. Em sua opinião a portaria virtual, com monitoramento 24 horas por dia, é eficaz para condomínios com até 80 unidades. “Acima disso é mais difícil manter somente esse sistema pois será necessário ter duas portarias e a fiscalização e controle dos acessos de forma virtual pode ser prejudicada”.
Já a instalação de câmeras nas áreas comuns do condomínio, segundo Karina, é bem vinda para evitar pequenos furtos, comuns principalmente nos momentos em que há pouca movimentação no local, como nas festas de fim de ano. “O furto mais comum que existe é do bocal da mangueira de incêndio, que é feito de cobre. E como, durante esse período de férias os condomínios aproveitam para pequenos reparos que foram adiados durante o ano, a incidência desses furtos aumenta, o que pode ser reduzido com a instalação das câmeras monitoradas”.
João Neilor Pirola Pedroso, proprietário da SecuriCenter, empresa que está há 25 anos no mercado de segurança eletrônica, lembra que a escolha das pessoas por morar em condomínios, principalmente nos grandes centros, é pela busca de segurança. “No entanto, como vemos nos noticiários, há quadrilhas que se especializaram em furtos e roubos nesses locais”, lembra. “Por isso a importância do investimento em segurança, que pode ser baseada em pessoas (seguranças e porteiros) ou no sistema eletrônico com monitoramento à distância”.
No entanto, lembra Pedroso, a tecnologia não dispensa o ser humano. “Sem dúvida, o sistema eletrônico é melhor para detectar o risco, prevenir prejuízos e garantir que o acesso aos condomínios seja limitado às pessoas autorizadas”, analisa. “Mas também é importante que haja uma equipe atuando 24 horas por dias em rodízio para fazer o monitoramento desses equipamentos e tomar as medidas necessárias quando houver algum problema”.
A SecuriCenter, lembra Pedroso, tem como principais clientes, essas empresas de monitoramento. “Nós fornecemos os equipamentos, os projetos, acompanhamos a instalação e ainda oferecemos treinamento para quem irá operar a tecnologia”, explica.
O empresário concorda com Karina com relação a condomínios muito grandes. Para ele faz sentido a preocupação com o monitoramento virtual quando há mais de 80 unidades no empreendimento imobiliário. “É possível instalar portaria eletrônica, mas é um ponto crítico quando há um número muito grande de torres de apartamentos”, afirma.
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