No Dia da Internet Segura, a importância de se proteger de crimes virtuais

Enquanto você lê estas linhas, a cada minuto, 347 mil novos stories são postados no Instagram, 147 mil fotos são publicadas no Facebook e 41 milhões de mensagens são trocadas no WhatsApp. Espantoso? Pois essas são apenas uma amostra das proezas que as redes sociais e a internet em si nos proporcionam. Por falar nisso, cerca de metade da população mundial ou 3.8 bilhões de pessoas usam internet todos os dias.

Mas, se esses dados eletrônicos são usados de maneira incorreta podem causar transtornos. Roubo de informações, principalmente.

No Brasil, vários dispositivos legais são utilizados para proteger os usuários e lembrá-los dos direitos e deveres online, sendo o mais recente a Lei Geral de Proteção de Dados.

 

Dia da Internet Segura

 

Para lembrar a importância de se proteger de ataques, cyberbullying e outros problemas na rede, o dia 7 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional da internet segura. A iniciativa faz parte de ações de mobilização para um ambiente virtual mais seguro.

Everton Amorim, diretor de Digital da Peers Consulting & Technology, explica que evolução das comunicações e o aumento de ambientes tecnológicos motivados pelo uso de tecnologias como base de operações digitais de empresas ao redor do mundo nos apresenta também uma nova preocupação relacionada à segurança digital.

“Essa modalidade criminosa e em constante evolução possui alavancas pautadas em tecnologias globais, dificuldade no rastreio de criminosos, mercado paralelo ‘lucrativo’ para a evolução destas iniciativas, facilidade ao acesso, investimento reduzido / restrito ou desconhecimento por parte das empresas no combate a esta modalidade de crime”, diz e completa que se faz necessário a implementação de diversas tecnologias e técnicas para proteção do ambiente tecnológico, bem como governanças claras e monitoramento constante com ações preventivas.

 

Maioria da vulnerabilidade acontece na etapa de identificação

 

Um estudo divulgado pela Sumsub com recorte no Brasil revelou que 80% das tentativas de fraude de identidade no Brasil ocorrem na etapa de verificação. Trata-se de uma etapa obrigatória para todas as empresas reguladas pelo Banco Central (Bacen) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao cruzar informações anônimas de 4,3 milhões de verificações realizadas no Brasil em 2022, foram examinadas mais de 50.000 tentativas de fraude em 19 setores – destacando o país como um dos que mais contribuem para a fraude online.

 

Como se proteger?

O famoso “desconfiômetro”, além de uso de recursos como um bom antivírus estão no rol de ações para se proteger de ataques.  O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) possui uma série de conteúdos que auxiliam pessoas físicas e jurídicas para se protegerem.

 

Uma das publicações é a Cartilha de Segurança para Internet, cujo fascículo mais recente é intitulado “Phishing e Outros Golpes”.

 

Além de ensinar como identificar ações maliciosas, orienta sobre como agir para evitar armadilhas dos fraudadores, bem como abordar cuidados necessários com operações bancárias e compras online. Outro tema importante abordado é o phishing, ação em que o golpista tenta obter informações pessoais e financeiras do usuário, combinando meios técnicos e engenharia social.

“Nem tudo que está na Internet é confiável, mesmo quando enviado por alguém conhecido. É preciso desconfiar sempre. Existem indícios que podem ajudar a identificar e se proteger de um golpe. Reunimos alguns deles no fascículo”, ressalta Cristine Hoepers, gerente do CERT.br|NIC.br.

Foto: reprodução cartilha segurança para internet CERT.br|NIC.br.

 

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