A velocidade de adoção do Pix, plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central, superou as projeções nos primeiros seis meses. Em abril, o Pix superou R$ 1 trilhão em transações e foi responsável pela maior parte das transações bancárias feitas no país. Até aquele mês, foram 220,9 milhões de chaves de pessoas físicas registradas e 9,6 milhões de empresas.
Reportagem do jornal O Globo mostra, no entanto, que ainda há uma fronteira a ser ultrapassada pela ferramenta: a utilização pelo comércio brasileiro. Só 8,5% do valor total que passou pelos Pix foi destinado a compras em lojas, restaurantes ou vendas pela internet, segundo dados do BC.
O texto afirma que o processo mais lento já era esperado durante a construção do Pix. Isso porque as empresas enfrentam caminho um pouco mais lento para a implementação do Pix, dadas as necessidades de atualizar sistemas e treinar os funcionários para oferecer o novo meio de pagamento.
Outro fator para a baixa adesão entre comerciantes pode ser o custo, de acordo com o jornal. Diferentemente do Pix para uso pessoal, o serviço de pagamentos pode ser cobrado no caso das empresas.
Também está na lista de pontos de dificuldade as preocupações de parte dos comerciantes com a segurança e a privacidade das transações.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello, aposta, contudo, no aumento do valor transacionado via Pix nos próximos meses. Para ele, o fim do processo de padronização dos QR Codes utilizados para receber os pagamentos, aliado à demanda dos consumidores e à redução das taxas cobradas dos comerciantes, contribuirão para esse crescimento.
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