Previsto para 2024, real digital deve facilitar câmbio e inibir lavagem de dinheiro

O real digital, versão virtual da moeda brasileira, já tem data prevista para chegar ao público: 2024. A ideia é que o produto do Banco Central (BC) possa oferecer uma alternativa mais eficiente para pagamentos, mas entre os atrativos também estará a possibilidade de uso fora do Brasil, sem conversão de câmbio.

Ainda em outubro, em uma transmissão pela internet, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, João Manoel Pinho comentou que “Não estamos falando de uma substituição do real físico, mas sim de uma operação conjunta e complementar que seja capaz de cobrir lacunas e superar fricções que a moeda tradicional tem dificuldade em superar”.

Agora, o projeto deve ser debatido também no Congresso, levando em consideração temas como a cibersegurança do real digital, e privacidade dos usuários. A previsão de especialistas é que novas profissões e cargos em companhias devem surgir com a versão em bytes da moeda brasileira.

Outros atrativos

Além da facilidade de uso em câmbio estrageiro, o real digital deve diminuir ainda mais a emissão de papel-moeda, e inibir a lavagem de dinheiro. Trata-se de uma tendência mundial: de acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS) mais de 80% dos bancos centrais do mundo estão desenvolvendo moedas digitais.

É a chamada tecnologia Central Bank Digital Currencies (CBDCs), replicações digitais de moedas tradicionais. Não podem ser chamadas de criptomoedas pois estas não apresentam regulamentação ou gestão centralizada de uma entidade nacional.

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