Um simples erro humano pode causar um grande transtorno, como vazamento de dados importantes e dar brecha para vários cibertaques dentro das empresas. Essa é uma das preocupações mencionadas pelos gestores entrevistados pela Kaspersky, cujos números foram publicados em seu relatório mais recente, o “IT Security Economics”.
A companhia especializada em cibersegurança ouviu líderes do setor de tecnologia da informação (TI), e a pesquisa mostrou que a perda ou exposição de informações corporativas ou de clientes devido uma violação é um grande agravante. No Brasil, 50% dos entrevistados de grandes corporações e PMEs apontaram esta questão como o aspecto mais desafiador relacionado à cibersegurança. Os gestores brasileiros indicaram os vazamentos de dados de sistemas internos causados por ciberataques (27,5%) ou por funcionários (20,6%) como os mais preocupantes.
Brechas na cibersegurança
Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, comenta que aqui temos um facilitador, a Lei Geral de Proteção de Dados. “Esta exige esse cuidado com as informações coletadas, armazenadas e processadas. Mas, pela experiência recente, vimos que o impacto na reputação das marcas que viraram notícias nos últimos dois anos foi o real motivador dessa tendência. O único problema dessa motivação é que os líderes querem uma solução rápida e estão dispostos a pagar o resgate. É a decisão errada, pois motiva ainda mais os ataques. O recomendado é que a estratégia de segurança seja revisada e aprimorada”.
Ele destaque que muitos executivos pensam que um ataque cibernético como algo complexo, mas é mais simples do que se imagina, por conta dos casos de hackers que sequestram dados: “Pode começar com um e-mail falso, um anexo malicioso ou uma senha fraca. A única diferença é que que os grupos de ransomware estão usando para forçar as organizações a aceitar a extorsão, pois isso o backup não evita”, frisa.
Foto: Reprodução
