Telemetria evolui e contribui com gestão de pessoas

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Por Luiz Munhoz*

Se pensarmos em como era a nossa vida antes da tecnologia não conseguimos entender como era possível trabalhar com eficiência. Claro que o ser humano e adaptável e, no decorrer dos séculos buscamos ferramentas para facilitar o dia a dia. A Revolução Industrial, que ocorreu nos séculos XVIII e XIX, está aí para mostrar como o uso das máquinas trouxeram um novo modo de ver o mundo e, consequentemente, possibilitou uma evolução irreversível.

Entre as tecnologias que chegaram para mudar paradigmas está a telemetria. Criada inicialmente para ser usada na Fórmula 1, ela não está disponível apenas para monitorar um veículo, seja ela de carga ou de passeio. A inteligência envolvida na telemetria é maior do que pensamos. É mais ou menos quando pensamos no cérebro; não usamos mais do que 10% o que significa que o potencial desse órgão é imenso.

A telemetria não pode apenas ser vista como ferramenta de monitoramento de velocidade, por exemplo. Ela é muito mais, pois permite saber especificamente a que horas um determinado veículo saiu, se ficou parado em algum lugar que não está na rota planejada, se ficou ligado durante uma operação, se o motorista está numa área perigosa e propícia a tombamentos e capotamentos, se está acima da velocidade e por aí vai.

Dentre todas as possibilidades que a telemetria traz, uma delas é bem interessante e a que merece destaque atualmente. Com o uso da tecnologia as empresas podem fazer a gestão do comportamento do motorista. Quando destacamos essa característica, sempre surgem dúvidas e uma visão distorcida, de que as pessoas que dirigem de forma irresponsável serão punidas e acontecerão conflitos nas empresas.

O que pregamos é justamente o contrário. Punições não devem ser aplicadas no mundo corporativo, pois elas não estimulam o melhor do ser humano. O que queremos dizer é que é importante fomentar a educação no trânsito e o despertar de uma consciência sobre segurança, respeito ao próximo e eficiência.

Como o motorista é acompanhado em todo o seu percurso, por meio dos mais diversos equipamentos desenvolvidos especificamente para este fim, ele é peça primordial para que tudo funcione dentro da mais perfeita ordem. É possível, por exemplo, e recomendamos que isso seja feito sempre, criar um ranking dos motoristas que mais tiveram bom desempenho durante um determinado período.

Esse comportamento por parte das empresas ajuda a sociedade de uma forma ampla, muito mais do que as pessoas podem imaginar. Um motorista que dirige de forma responsável evita acidentes, economiza combustível (e consequentemente contribui com o meio ambiente) e torna as estradas e cidades menos tumultuadas. Por outro lado, as empresas conseguem respeitar as legislações vigentes, como a que estipula determinadas horas de trabalho, entre outras.

Gerir pessoas é uma das principais preocupações hoje em dia e, dessa forma, a telemetria não podia ficar de fora disso. Outros países já usam essa tecnologia há tanto tempo, que isso já faz parte do cotidiano, assim como o uso dos aparelhos celulares, por exemplo.

Ganham todos os lados envolvidos – empresas, motoristas e sociedade – que ainda conseguem se unir para que o trânsito nas cidades e estradas seja mais humano. Vidas são poupadas, já que o despertar de uma consciência sobre segurança e educação mudam hábitos e costumes, ao mesmo tempo em que as novas gerações irão incorporar essas crenças no seu dia a dia.

*Luiz Munhoz é diretor da MiX Telematics no Brasil.

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