A profissão de nômade digital, ou pessoa que atua remotamente e em diversos domicílios, já é uma realidade, ainda mais reforçada após a pandemia. Para se ter ideia, o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022, da consultoria mundial na área de imigração Fragomen, aponta que até o ano de 2035 o número de nômades chegue na casa de um bilhão.
Uma das dúvidas quando se pensa nas (muitas vezes breves) estadias desses profissionais, é a emissão de vistos de trabalho. No Brasil, a resolução CNIg 45/2021 estabelece as regras para a concessão e autorização de residência temporária para imigrantes sem relação de trabalho aqui e cuja atividade possa ser desenvolvida de forma remota, o que inclui os nômades digitais,pelo prazo de até um ano, prorrogável por igual período.
Visto nômade digital
Outros países que oferecem visto especial: Bali, Barbados, Dubai, Estônia, Grécia e Portugal. Vale ressaltar que cada país tem suas regras e taxações próprias, ou seja, é preciso se atentar com essas normas.
Em Barbados, por exemplo, o visto tem validade máxima de 12 meses e pode ser prorrogado, além de renda anual de pelo menos US$ 50 mil durante período. As exigências em Dubai já são maiores, sendo passaporte com validade mínima de seis meses, seguro saúde com validade e cobertura nos Emirados Árabes e é preciso comprovar vínculo empregatício e ter um salário de no mínimo US$ 3.500 por mês.
Em Portugal é preciso comprovar, no mínimo, quatro vezes o salário mínimo português, o que seria Є 2820 e ainda ser empreendedor, freelancer, prestador de serviço ou funcionário em trabalho remoto de empresas de qualquer país, exceto de Portugal.
Recentemente, a Espanha passou a emitir visto a quem deseja a permanência por até três anos, sem a necessidade do visto de trabalho tradicional.Nômades que queiram ingressar precisam comprovar que trabalham em empresas fora do país, ter no mínimo três anos de atuação profissional relacionada à formação, ensino superior, dentre outros requisitos.
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