Legaltechs crescem e facilitam o trabalho no ambiente jurídico

Profissionais de advocacia, que lidam com normas e leis tão complexas, hoje têm um grande aliado: a tecnologia. O termo Advocacia 4.0 está ganhando relevância entre profissionais de todo o país, onde escritórios e advogados autônomos começam a entender como fazer o uso da tecnologia dentro do Direito.

Estudo da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), entre agosto e setembro de 2021, mostrou que 84,2% dos advogados acreditam que devam usar mais ferramentas tecnológicas para lidar com clientes. Segundo a AB2L, o Brasil conta com 400 empresas voltadas para a inclusão da tecnologia no âmbito jurídico, as chamadas Legaltechs e Lawtechs. Daniel Marques, presidente da associação comenta que “fechar os olhos para a inovação é decretar a morte de uma advocacia que pode resgatar o ser humano como centro de todo processo jurídico”.

 

Ambiente jurídico

 

Já Michel Teixeira, advogado na legaltech Lexly, que oferece soluções jurídicas digitais como contratos inteligentes e opções de advogados online, reforça sobre o uso da tecnologia no dia a dia da advocacia: “Um advogado pode agregar a tecnologia no seu dia a dia através do uso de plataformas para gerenciamento de agenda, casos, processos e contratos, em conjunto com um perfil em alguma rede social que dê visibilidade e autoridade”.

Segundo o Código de Ética da OAB, o Direito não pode ser mercantilizado, tão pouco usado com estratégias de publicidade ou de captação de clientes. Um exemplo é o uso correto das redes sociais, como meio de contato entre advogado e cliente, não promoção pessoal. “O ideal é criar um perfil ou página em que possa manter seus clientes informados e ao mesmo tempo como veículo de comunicação direta com eles. Desta forma, o profissional não estaria ferindo as ementas garantidas pela OAB”, completa Teixeira.

“O profissional deve prezar pela ação informativa, ou seja, ele deve exercer a advocacia de forma informativa, sem prestar consultorias e não fazer propaganda de suas causas ganhas ou qualquer outra espécie de comunicação que se assemelhe a uma venda de seus serviços”, alerta o advogado.

Foto: divulgação

 

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