Inteligência e união entre estados e municípios auxiliam no combate à criminalidade

“Enquanto o crime organizado atua em ambiente digital, as forças de segurança ainda estão na era analógica”. A frase é de Ricardo Cappelli, secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgado no Correio Braziliense, referindo-se a importância de modernizar o combate à criminalidade, com a combinação de investimentos em inteligência, além de fortalecimento das polícias estaduais e municipais.

Um dos temas em pauta é o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) para integrar União, estados e municípios na troca de informações e planejamento de operações conjuntas. A ideia é unificar as ações policiais, com um forte trabalho de inteligência. “A produção, gestão e integração de dados estatísticos de segurança pública representam uma das entregas estratégicas do SUSP em três aspectos, sendo a utilização no dia a dia dos profissionais de segurança pública, inteligência e judiciário em todas as unidades federativas, enquanto insumos para os diagnósticos, análises e planejamento da política pública de segurança. E, por último, pela sua importância como fator de integração da atuação dos diversos atores envolvidos com a segurança pública”, destacou, Felipe Sampaio, diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), durante workshop ocorrido em outubro sobre Dados e Estatísticas.

 

União de forças

 

Na ocasião, foi apresentado o novo painel de estatísticas do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), como um importante instrumento de consolidação do SUSP em atenção à Lei 13.675/2018. “Neste ano, a oferta de dados do Sinesp foi ampliada para 28 indicadores de criminalidade, além de outras mudanças, como o registro do número de vítimas e não apenas de ocorrências”, informa nota do MJSP.

Uma boa prática adotada é a união entre forças policiais. Rondônia conta com o programa Cidade Segura, iniciativa do governo estadual, por meio de sua Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) e executado pelas Forças Policiais. As operações vão desde blitz no trânsito, com abordagens repressivas e preventivas, até grandes apreensões de entorpecentes.

Segundo informações, primeiro semestre de 2023, Rondônia teve uma redução de 18% no número de ocorrências de assassinatos, por meio de estratégias de policiamento comunitário e trabalho entre as polícias. “A atuação das Forças de Segurança acontece de forma integrada, o que gera mais resultados, de forma simultânea e harmônica. Temos muitas ações sendo desenvolvidas e o combate à criminalidade e é a nossa missão”, enfatiza Felipe Bernardo Vital, secretário de Segurança do estado.

Outro exemplo é a operação Fronteiras e Divisas Integradas II, resultado da articulação do SULMaSSP, que reúne as forças de segurança do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. “A união entre as forças de segurança estaduais é fundamental para combatermos o tráfico de drogas e as organizações criminosas que atuam em nossas fronteiras e nas divisas do Sul e Sudeste. E a operação demonstra o compromisso das polícias em garantir a segurança da população e fortalecer a ordem pública”, enfatizou Jefferson Silva, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná.

Apenas na operação entre os dias 20 a 23 de julho, houve 13 mil abordagens no estado, com 46 prisões e apreensão de cinco toneladas de drogas e 86 armas.

Foto: reprodução

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