Brasil começa o ano com mais de 3,2 bilhões de tentativas de ciberataques
O primeiro trimestre foi de recorde para o Brasil, mas isso não é um bom sinal. Dados da Fortinet, empresa líder global em soluções de segurança cibernética amplas, integradas e automatizadas, revelaram que o Brasil sofreu mais de 3,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro trimestre de 2021. O país lidera o ranking da América Latina, que contabilizou um total de 7 bilhões de tentativas durante o período. México, Peru e Colômbia aparecem empatados em segundo lugar com 1 bilhão de ataques cada.
Segundo o FortiGuard Labs, laboratório de inteligência de ameaças da empresa, nos meses de janeiro, fevereiro e março houve um aumento na distribuição de malware baseado na web, ataque em que o dispositivo de um usuário se torna infectado ao baixar ou instalar malware de um site ou anúncio malicioso.
Houve também um aumento notável na utilização das redes sociais para esse crime. Uma vez comprometidos, os usuários compartilham mensagens com conteúdos nocivos aos seus contatos a partir de seus perfis, sem conhecimento disso. O método de propagação automática do malware através do WhatsApp, Facebook ou Instagram é conhecido como pishing.
Ataques cibernéticos e home office
O home office tem colaborado para o aumento de golpes. Ao longo de 2020, os cibercriminosos têm procurado brechas no teletrabalho para tentar acessar redes corporativas por meio de funcionários que trabalham em casa. Durante o primeiro trimestre de 2021, houve várias tentativas de execução de código remoto a roteadores domésticos, o que evidencia que os criminosos estão procurando maneiras de comprometer usuários que estão trabalhando fora do escritório, interceptando suas comunicações e direcionando-os a sites maliciosos.
Os resultados do relatório indicam a necessidade do investimento de plataformas de cibersegurança abrangentes pelas empresas. Além disso, é fundamental promover uma maior consciência dos riscos digitais e de como se prevenir das técnicas de engenharia social, que continuam a ser o principal vetor de entrada para ameaças mais avançadas.
O relatório completo sobre as tentativas de ataque cibernético no Brasil e na América Latina durante o primeiro trimestre de 2021 pode ser acessado aqui.
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