Empresa de TI paranaense deve crescer 30% em 2020 e prevê investimentos de mais de R$ 1 milhão neste ano

Mesmo diante dos obstáculos surgidos com a pandemia do novo coronavírus, a empresa de tecnologia da informação Gateware prevê terminar o ano de 2020 com crescimento de cerca de 30%. Além disso, a companhia prevê investimentos que ultrapassam R$ 1 milhão em 2021, buscando triplicar de tamanho.

A primeira iniciativa será a compra de 100% de participação na empresa curitibana Bexpo, responsável pela criação do LivID. O aplicativo realiza online todo o processo de prova de vida e recadastramento de aposentados e pensionistas, utilizando tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial. Hoje, a Gateware detém 55% da companhia.

Em 2021, a empresa pretende investir mais de R$ 500 mil na criação de um novo produto de biometria facial para ser utilizado por bancos, financeiras e seguradoras. A ideia é que, apenas com a identificação facial, o cliente possa utilizar o celular para requisitar, acompanhar, recadastrar e acessar serviços como abertura de contas, pedidos de crédito e outros serviços financeiros.

Os investimentos em novos produtos também devem ultrapassar as fronteiras brasileiras. Entre os planos da Gateware está o aporte de R$ 1 milhão na sede da empresa em Buenos Aires, para o desenvolvimento de soluções voltadas para o mercado da previdência e para a renovação da carteira de motorista na Argentina, ambas utilizando a biometria facial. O negócio ainda está em fase de negociações com empresas e departamentos governamentais locais.

Além disso, a companhia prevê investir, ao longo dos próximos dois anos, R$ 2 milhões para implementar uma unidade em Nova York, nos EUA. No Brasil, a Gateware está presente em Curitiba (onde está sediada), São Paulo e Rio de Janeiro.

O presidente da empresa, Francisco Ferreira, explica que o ano de 2020 trouxe algumas mudanças de rumo, mas que a companhia soube se adaptar e crescer mesmo em meio à crise, com a realização de investimentos estratégicos.

“Nossa atuação era voltada para os serviços no mercado de tecnologia, mas eles acabam sendo sazonais. Expandimos a oferta de serviços para clientes atuais. Com a compra e a criação de novos produtos, conseguiremos atuar em outros mercados. Fizemos novos investimentos para buscar ampliar a nossa participação no mercado e apostar nas áreas mais estratégicas para o momento”, diz.

Segundo ele, a pandemia trouxe a necessidade de mudanças, especialmente voltadas para os cortes de gastos em algumas operações físicas. “Realizamos redução de custos. Hoje temos 90% da nossa área de operações trabalhando remotamente, e boa parte das áreas administrativa, financeira e de RH, também. Nossos colaboradores passaram a utilizar ferramentas e plataformas que ajudaram a otimizar e trouxeram mais agilidade, sem qualquer prejuízo ao nosso trabalho.”

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