Exposec e a influência no índice de diminuição da violência do Brasil

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021 aponta redução da violência patrimonial em todos os quesitos: de 26,9% no número de roubos de veículos; 27,1% no de roubo a estabelecimentos comerciais; 16,6% no de roubos a residências e 25,4% em roubos de cargas. Em São Paulo, estado mais populoso do país, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os números também são positivos em relação a 2019: roubos e furtos de imóveis apresentaram queda de quase 15%; o roubo de veículos caiu 18%.

Reforçando o interesse popular pela preocupação com bens, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) apresenta que o número de automóveis com rastreio aumenta a cada ano, na medida em que esse tipo de ferramenta se torna mais conhecida, e o índice de resgate desses veículos roubados ou furtados é de praticamente 100%.

Um importante centro de negócios para o setor é a Feira Internacional de Segurança Eletrônica, a Exposec, que em 2022 retorna às atividades presenciais e, a depender dos expositores, os números da violência continuarão em queda. Dos sistemas de monitoramento de imóveis, rastreadores e sistemas de telemetria veiculares, cancelas, portas e portões automáticos, até softwares de segurança com base em IoT, os mais de 800 expositores que estarão presentes no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center entre 7 e 9 de junho estão cientes da importância do setor às quedas da criminalidade no Brasil.  O país ocupa a 5ª posição no ranking mundial de uso de sistemas de câmeras inteligentes para segurança.

Com um faturamento de R$9,24 bilhões em 2021, o setor de segurança eletrônica deve manter a linha ascendente. O Brasil, por sua vez, apesar da melhoria geral da segurança, segue sendo considerado um país violento. O  GPI (Global Peace Index) de 2021  coloca o país na 128ª posição da violência, dentro de um total de 163 países estudados. Para 2022, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança projeta que o crescimento do setor supere 18%, impulsionando também as importantes melhorias à segurança da população. “A adesão do consumidor pelas tecnologias de segurança eletrônica é notável, estamos caminhando para um ecossistema de cidades inteligentes e o crescimento do setor mostra isso. Contudo, ainda existem desafios a serem superados, como a falta de mão de obra. A oferta de vagas é tamanha que nós estamos ampliando nosso programa de qualificação profissional através da Academia Abese’’, explica Selma Migliori, Presidente da Abese.

 

A voz do mercado

A Fulltime, empresa que atua na área de softwares para o setor de segurança eletrônica, se dedica às soluções que entregam melhorias para o Brasil e exterior: ‘’É muito satisfatório perceber que produtos que saem do setor e de nossa empresa salvam bens pessoais e também as próprias vidas em si. Quem atua diretamente na área comercial, como é meu caso, se inspira muito além da relação de investimento e receita, mas sim da compreensão dessas demandas do mercado que envolvem diretamente a qualidade de vida dessas pessoas. Todos os dias nossos clientes nos notificam sobre casos de sucesso de resgates de veículos. Casos em que o principal responsável pelo resgate é nossa ferramenta. E a Exposec, além de nos ajudar a vender mais, é um importante momento de apresentarmos essas novidades ao grande público e institucionalizar soluções para a população em geral’’, afirma Ana Laura Imaizumi, diretora comercial da Fulltime Brasil, empresa que produz sistemas de segurança e comercializa no modelo B2B (Business to Business), atendendo revendedores de sistemas de segurança eletrônica no Brasil e países da América Latina.

No Brasil, cerca de um carro é roubado ou furtado por minuto, segundo dados do anuário brasileiro de segurança pública, em 2019. O rastreamento é considerado como um dos segmentos mais promissores da segurança eletrônica e pode ser decisivo na recuperação dos automóveis roubados ou furtados. De acordo com a Abese, menos de 5% dos veículos brasileiros possuem rastreador. A tecnologia também permite o acompanhamento da trajetória do automóvel para análise de estatísticas relacionadas ao seu uso, como manutenção preventiva e corretiva, eventos de sinistro, não conformidades e padrões de uso.

A Exposec, em sua maioria, é formada por fabricantes do setor de segurança eletrônica e fornecedores diretos e indiretos. Clientes finais, na maioria formada por entusiastas de tecnologia para segurança, também visitam em grande quantidade, mas os principais visitantes do evento são os donos de varejistas do mercado de segurança: ‘’após dois anos sem vivenciarmos essa grande experiência que é a Exposec presencial, já vínhamos sentindo falta. O setor, como toda a economia do mundo, passou por diversas mudanças em meio à pandemia, e nós que atuamos no varejo somos os primeiros a perceber como a segurança eletrônica pôde crescer e apresentar números positivos frente ao complicado cenário que vivemos’’, reforça Sebastião Marques, presidente da Semer Monitoramento Eletrônico, localizada em Arcos, MG.

Além das marcas que atuam no setor e prometem desenvolver milhões em negócios, o público em geral também está convidado a participar entre os dias 7 e 9 de junho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center organizada pela Cipa Fiera Milano, em parceria com a Abese, a feira mais importante do setor para a América Latina, ganhou versões online em 2020 e 2021 e para 2022, em sua 23ª edição, as expectativas estão altas. Além dos mais de 800 expositores, são esperados cerca de 45 mil visitantes nos mais de 40 mil metros de área de exposição.

 

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