Setor hoteleiro precisa ficar atento à LGPD, alerta especialista
Muito afetado durante as restrições da pandemia da Covid-19, o setor hoteleiro começa a colher os frutos com a retomada das atividades turísticas, incluindo a série de eventos de entretenimento e de negócios que despontam atualmente. Segundo matéria da revista Forbes, o faturamento de janeiro a maio de 2022 ficou 8,5% abaixo dos idos pré-pandêmicos, em que o setor faturou R$ 84,6 bilhões.
Também precisou fazer inúmeras adequações, o que inclui a proteção de dados, obedecendo a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados, já que o setor é o que mais coleta dados dos clientes, em especial a Ficha Nacional de Registro de Hóspedes. O documento foi criado pelo Ministério do Turismo, cujas informações são enviadas ao Sistema Nacional de Registro de Hóspedes (SNRHos), exigidas pela Lei 11.771/2008 e Decreto 7.381/2010. Contudo, muitas vezes, os meios de hospedagem usam esses dados coletados para mandar ofertas por e-mail, o que pode ferir as diretrizes da LGPD e levar a aplicação de multas por parte da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ANPD. E as punições vao desde uma advertência de até 2% (dois por cento) do faturamento da empresa, limitada, no total, a R$ 50 milhões, e em caso de infração a multa diária pode alcançar o limite total de R$ 50 milhões.
LGPD na hotelaria
Para Jorge Luíz Muniz, CEO Web Security Consultoria e fundador do Projeto Caminhos da LGPD na Hotelaria, quem não se adequar, além de estar perdendo faturamento, perde também reputação. “Este setor realiza diariamente o tratamento de um grande volume de dados, seja de forma física ou virtual. Entretanto, hotéis e pousadas em sua grande maioria não possuem medidas técnicas e administrativas que deveriam garantir o mínimo de proteção de dados”, explica o gestor ao site Hospedin.
Para ele, procedimentos de adequação são essenciais, sendo o primeiro deles o treinamento de colaboradores. “É primordial e indispensável que todos os colaboradores adquiram conhecimentos sobre segurança da informação e privacidade de dados. Equipes bem treinadas irão diminuir consideravelmente as chances de um vazamento de dados ou incidentes de segurança”, frisa.
Análise e Gestão de Riscos, atualização de Sistemas Operacionais dos computadores e dispositivos usados pelos estabelecimentos, além de Políticas de Segurança da Informação são outras dicas que Muniz destaca para que estes não sejam alvo de fraudes, ataques ou vazamento de informações de seus hóspedes.
Foto: reprodução
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