Biometria e monitoramento remoto são vistos como tendência
Biometria facial, biometria por fluxo sanguíneo e outras novidades dignas de “Matrix” são tendência no mercado brasileiro de segurança. O sistema de biometria facial mapeia pontos, traços e medidas do rosto, que são codificados e armazenados em cadastro. O outro mapeia vasos sanguíneos das mãos com luz infravermelha. Há também opções com reconhecimento da íris e de voz. Um aparelho de biometria facial custa entre R$ 1.500 e R$ 6.000. O de biometria por veias pode chegar a R$ 10 mil.
Mas só 15% dos lares usam segurança eletrônica. Empresas, bancos e indústrias são os principais consumidores. “Brasileiro tem cultura corretiva, e não preventiva. Na Europa, 85% das casas têm esses equipamentos”, compara Selma Migliori, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança.
O equipamento favorito dos brasileiros é a câmera: representa quase metade das vendas (46%) do setor. Rio e São Paulo têm, cada um, um milhão de câmeras funcionando. Alarmes (23%) e controles de acesso (23%) vêm em seguida na lista.
O monitoramento da casa por meio da tela do celular, a distância, é outro procedimento que deve se popularizar em breve no Brasil, na avaliação de Celso de Arruda, que é professor de engenharia mecânica da Unicamp e especialista em segurança. Em especial, explica, pelo fato de as câmeras estarem cada vez mais baratas. Para o professor Arruda, a disseminação das tecnologias biométricas pode demorar, porque são caras. Mas ele ressalva que os preços de equipamentos de segurança estão “despencando”.
Fechaduras digitais fazem sucesso, afirma Cezar Loureiro, gerente do site SegurançaAjato.com, especializado em comércio eletrônico. “Nos últimos seis meses, houve aumento de 32% nas vendas do produto em razão da sua praticidade. Também por causa de seu design, que dá uma cara de modernidade e sofisticação ao imóvel”, diz ele.
A fechadura digital é opção para os esquecidos, que nunca sabem onde deixaram a chave. “Basta escolher a forma de abertura, seja digitação de senha, cartão de aproximação ou biometria”, diz Loureiro. O sistema funciona com baterias ou pilhas. A venda de itens de segurança no site subiu 35% nos últimos seis meses. O número de pessoas físicas interessadas cresceu, segundo Loureiro. Ajudam para isso a queda nos preços e a facilidade de instalação dos equipamentos, caso das câmeras sem fio.
O setor de sistemas de segurança como um todo espera crescer 5% em 2016.
Para proteger os veículos, a tecnologia em alta é o rastreador. “Logo, todos sairão de fábrica com o equipamento”, diz Fábio Braga, superintendente da Porto Seguro. “Alarme é coisa do passado.”
Fonte: Folha de S. Paulo