Ataques a caixas eletrônicos caem 57% em São Paulo no 1º semestre

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Mais de 280 caixas foram atacados ao longo do ano passado (Foto: Divulgação)

As ocorrências de explosões a caixas eletrônicos no Estado de São Paulo caíram 57,5% neste ano. A queda foi influenciada pela estreita parceria firmada pelos bancos com as autoridades para enfrentar esse problema de segurança pública, do qual o setor bancário também é vítima. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública na última semana revelam que, de janeiro a julho de 2016, foram registradas 77 ocorrências – tentadas ou consumadas. Em 2015, no mesmo período, houve 181 ataques a caixas eletrônicos.

Ainda de acordo com a SSP-SP, houve, em todo o ano de 2015, 285 ataques a caixas eletrônicos, uma queda de 32,6% em relação aos 423 ataques de 2014. Comparada com 2013, quando foram registradas 951 ocorrências, a queda, em 2015, foi de 70%.

Na colaboração com governos, polícias (Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário, a Febraban tem sugerido novos padrões de proteção, muitos deles resultantes dos estudos e avaliações da Comissão de Segurança Bancária da Febraban, com representantes das principais instituições financeiras do País.

De acordo com o presidente da Febraban, Murilo Portugal, esse é um tipo crime cujo combate está fora de alcance das instituições privadas, devido à violência e o emprego de força desproporcional por parte de quadrilhas que só podem ser enfrentadas de maneira eficaz com empenho do Estado, a exemplo do que vem ocorrendo em São Paulo.

“É claro que os bancos, que são vítimas desses crimes, precisam colaborar; a segurança pública, embora seja dever do Estado, é responsabilidade de todos”, afirma Portugal. “Os bancos continuarão fazendo sua parte, porque temos grande preocupação com a segurança física dos nossos clientes e funcionários.”

Para a Febraban, é necessário combater as causas desses crimes. Em primeiro lugar, impedindo que os bandidos tenham acesso fácil a explosivos. Em segundo lugar, desbaratando as quadrilhas, o que se faz com ações de inteligência. Em terceiro, dificultando o acesso dos bandidos ao produto do crime.

Os bancos investem anualmente R$ 9 bilhões no aprimoramento da segurança bancária, o triplo do que era gasto dez anos atrás. Também são investidas somas expressivas de recursos em tecnologia para a realização de operações de forma rápida e segura por meio dos canais digitais, reduzindo a necessidade de recurso dentro das agências bancárias ou manuseio de dinheiro em espécie.

O presidente da Febraban acrescenta que os prejuízos decorrentes das explosões afetam a todos, tanto bancos como a população que recorre aos 178 mil equipamentos de caixa eletrônico para acessar os serviços financeiros. “Muitas pessoas dependem desses equipamentos para acessar os serviços financeiros; com as explosões, os bancos são forçados a deixar de prestar, ainda que temporariamente, um serviço à população”, destaca Portugal.

Há mais de uma década os bancos adotam medidas preventivas para contribuir com a redução dos assaltos. Instalaram cofres com dispositivo de tempo, circuitos fechados de televisão – CFTV, sistemas de detecção e de monitoramento, alarme etc. Os bancos também reduziram o volume de dinheiro disponível nas agências e incentivam a população a usar os canais eletrônicos para realizar operações bancárias.

Os bancos investem, ainda, no desenvolvimento de equipes especializadas para garantir a segurança dos funcionários, clientes, instalações físicas e também dos sistemas de informação do setor. As equipes atuam de forma coordenada com órgãos de segurança dos Estados, com os serviços de patrulhamento e de inteligência. Atuam na troca de informações, fornecendo imagens captadas pelo sistema interno de televisão ou modus operandi de quadrilhas etc, que contribuem para a desarticulação e prisão de grupos criminosos. Esse trabalho coordenado permite maior robustez na formação de elementos de provas pelas autoridades policiais, que no judiciário embasarão a decisão dos magistrados.

Cabe ressaltar que os bancos seguem a Lei Federal nº 7.102/83 e sua regulamentação, pelas quais todos os estabelecimentos bancários (agências e postos de atendimento) são obrigados a submeter à Polícia Federal um plano de segurança para que possam funcionar. Esse plano de segurança é elaborado por equipes técnicas e profissionais que analisam todas as características de cada ponto de atendimento – tais como localização, fluxo de pessoas, layout da agência, etc. Aprovado o plano, são instalados equipamentos de segurança e mobiliário da agência, como os caixas, os caixas eletrônicos, as câmeras de segurança, locais para os vigilantes, portas de segurança e outras medidas, a depender do caso. Observando-se o que é exigido pela legislação, cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências de acordo com as características de sua rede de agências.

 

Fonte: IN – Investimentos e Notícias

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