Cibersegurança é o principal foco dos investimentos em empresas de petróleo e gás, revela estudo

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Nova edição do estudo Accenture Upstream Oil and Gas Digital Trends Survey 2019 da Accenture (NYSE: ACN) revela que a cibersegurança é o principal foco de investimentos na área de digital em empresas petróleo e gás. O relatório sobre tecnologias digitais nesse mercado baseia-se em um levantamento global com 255 profissionais do setor, incluindo executivos C-level, líderes funcionais e engenheiros.

A cibersegurança é apontada por 61% dos entrevistados como foco de investimentos nas organizações, resultado cinco vezes maior que (12%) em 2017. O relatório sugere que o aumento significativo em resiliência cibernética está associado a um interesse crescente dessas empresas na proteção de seus ativos e em sua reputação. A cibersegurança também fica à frente de outras soluções digitais nos resultados relatório como a tecnologia que tem maior impacto no desempenho dos negócios, indicada por 16% dos entrevistados em 2019 ante 9% em 2017.

Com o avanço desses investimentos em segurança virtual, apenas 5% dos entrevistados enxergam a vulnerabilidade a ataques cibernéticos como o maior risco à falta de investimentos em digital, um terço a menos que os 18% dos executivos que fizeram essa mesma afirmação em 2017. Isso explicaria porque apenas 35% dos entrevistados planejam investir em cibersegurança ao longo dos próximos três a cinco anos.

“À medida que aumentam as ameaças às operações das empresas de petróleo e gás, a resiliência cibernética torna-se mais importante para seus stakeholders, consumidores e governo”, afirma Rich Holsman, diretor e líder da prática digital para a área de Resources na Accenture. “A gestão desse tipo de ataque não é apenas uma questão de proteger reputação, valor das ações e operações, mas parte de uma responsabilidade maior que essas empresas têm com serviços e segurança nacional. Produtoras desse setor precisam manter os investimentos em medidas de cibersegurança de forma consciente e substancial, já que costumam subestimar sua exposição a esse tipo de ataque. Outro ponto de atenção é que os ataques vêm evoluindo em complexidade do ponto de vista técnico”.

O segundo lugar no foco de investimentos em digital nessas organizações é ocupado pelas tecnologias de computação em nuvem, citadas por 53% dos profissionais. Para 15% dos entrevistados, estas tecnologias representam a solução de maior impacto na performance dos negócios nas empresas. A pesquisa sugere que empresas de petróleo e gás ainda estão fazendo investimentos consideráveis em computação na nuvem por serem tecnologias fundamentais em suas jornadas de transformação digital e no aumento da segurança das operações. Já a porcentagem de entrevistados que indica a inteligência artificial (IA) como maior impulsionadora do desempenho de negócios mais que dobrou em relação a 2017, saltando de 4% para 9%.

Entre as tecnologias digitais que devem receber investimentos nos próximos três a cinco anos, 51% dos executivos citaram a IA / machine learning, contra 30% em 2017; seguidos por big data / analytics (50%), Internet das Coisas (43%) e tecnologias móveis / wearables (38%). Além disso, 47% dos entrevistados apontam a perda de vantagem competitiva como o maior risco da falta de investimentos em digital, enquanto 42% afirmam que a redução de custos é o desafio de negócios mais estratégico para lidar com soluções digitais.

A taxa média de investimentos em digital no setor, no entanto, permaneceu quase a mesma nos últimos anos. Por exemplo, o número de executivos que afirmaram que suas empresas planejam investir mais ou significativamente mais em tecnologias digitais nos próximos três a cinco anos (72%) é praticamente o mesmo da pesquisa de 2017 (71%).

Escalonamento de tecnologias digitais é fundamental para geração de valor por meio desses investimentos

Os dados do estudo revelam que as companhias de petróleo e gás têm dificuldade no escalonamento de iniciativas digitais. Apenas 9% dos entrevistados relataram que sua área teria conseguido escalar pelo menos metade das provas de conceito digital desenvolvidas nos últimos dois anos. Apenas 1/5 (20%) dos entrevistados afirma ter capacidade para escalonar mais de 20% de suas provas de conceito após a fase piloto.

O levantamento ainda mostra que, embora o escalonamento de tecnologias digitais represente potencialidades de negócios para as produtoras do setor, isto é, poderiam gerar valor agregado a partir de seus investimentos digitais, ainda existem barreiras significativas para que isso aconteça. Por exemplo, 34% dos entrevistados sentem falta de estratégia e de cases de negócios como referência – aumento de 8 pontos percentuais desde 2017 (26%). No balanço financeiro, apenas 15% das empresas estariam recebendo mais de 50 milhões de dólares em valor adicional sobre os seus investimentos digitais. Este número cai para apenas 5% das empresas que têm retorno de investimentos igual ou superior a 100 milhões de dólares.

“Embora essas empresas continuem aumentando investimentos em soluções digitais, muitas ainda demonstram dificuldades para converter esses aportes em valor tangível. Portanto, sua capacidade de gerar valor a partir do digital parece estar diminuindo”, avalia Holsman. “Essas organizações apresentam gargalos organizacionais e têm dificuldade em escalonar essas tecnologias, impedindo a transformação do negócio e o retorno de capital. O realinhamento dos investimentos digitais, a criação de um modelo operacional e desenvolvimento das capacidades digitais são requisitos indispensáveis para que as empresas do setor ganhem agilidade e capacidade de expansão. Isso exige um apoio considerável das lideranças nessas organizações, bem como um ecossistema mais amplo de parcerias.”

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