O mercado de tecnologia nos Estados Unidos registrou recorde de vendas e contratações em 2019. Ainda assim, desde a popularização da internet e da telefonia celular, nos anos 90, nunca houve escassez tão grande de profissionais de TI (Tecnologia da Informação) no país.
Os dados são do Departamento de Estatísticas Trabalhistas americano (BLS, na sigla inglês). O sucesso do setor está diretamente ligado à falta de trabalhadores, dada a quantidade de novas empresas, startups e negócios em geral relacionados à informática e à tecnologia surgidas nos últimos 10 anos, especialmente na região do Vale do Silício (Califórnia) – que concentra a maior parte das sedes dessas companhias.
Assim como acontece com outras profissões, os Estados Unidos vêm recorrendo ao talento de profissionais estrangeiros para atender à demanda trabalhista do mercado de tecnologia da informação. Hoje, cerca de 35% dos profissionais de TI empregados pelas grandes empresas americanas são provenientes da China, Índia e Japão.
A tendência é que essa busca pelo “capital intelectual” de outros países intensifique-se ainda mais nos próximos anos. E o Brasil pode se beneficiar deste movimento: nos últimos 15 anos, cresceu no país o número de profissionais de TI com os mais diversos graus de formação.
Neste mesmo período, aumentou consideravelmente a quantidade de grandes multinacionais americanas em território nacional – o que permitiu que muitos trabalhadores brasileiros se transferissem para os Estados Unidos, ou viajassem ao país para melhorar ainda mais sua formação.
Para quem se interessou pela ideia de emigrar e conseguir uma vaga numa das disputadas empresas de tecnologia com sede no Vale do Silício – como Google, Microsoft, Apple, Facebook, Intel, entre outras –, é importante saber por onde começar. Especialistas do mercado de trabalho sugerem escolher uma das áreas de TI em que a demanda por trabalhadores é grande e se especializar nela. Alguns exemplos são desenvolvedor, analista de sistemas, administrador de Banco de Dados e engenheiro de Software.
Além disso, embora plataformas de busca de empregos, como o LinkedIn e o Indeed, sejam muito populares nos EUA, é sempre bom ficar de olho e aplicar para as vagas que são postadas diretamente nos sites das grandes empresas. É recomendável ainda participar de eventos de tecnologia, como conferências, seminários e workshops, e procurar criar uma rede de contatos no setor.
A experiência em outro país não é a única vantagem oferecida por um emprego no mercado americano de tecnologia. Em geral, essas vagas também oferecem alta remuneração, a possibilidade de conviver com os melhores profissionais do mundo na sua área e a oportunidade de crescer dentro de uma companhia com presença global.
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