Hospitais estão com sistemas expostos a hackers, aponta estudo

0

Segundo estudo realizado pela empresa de cibersegurança, Trend Micro, o setor de saúde é o mais vulnerável em relação aos ataques de hackers. Nomeado Securing Connected, o relatório explora o funcionamento dos dispositivos e sistemas médicos conectados à Internet, tais como bases de dados e consoles administrativos hospitalares, mostrando que hospitais ainda estão expostos.

O estudo constatou que as organizações hospitalares ainda se mostram desatualizadas quanto aos padrões de cibersegurança. O resultado disso é que ainda existem equipamentos que estão expostos na rede, de acordo com o mapeamento dos dispositivos expostos em hospitais e clínicas.

A Trend Micro pontua as principais razões para a defasagem na cibersegurança no mercado de Saúde:

Credenciais padrão: Apesar de requisitarem autenticação para acesso, a maioria dos dispositivos médicos estudados, podem ser explorados para que o atacante tenha sucesso em seu ataque. Foram encontrados sistemas com senha fraca ou usuários e senhas definidos pelo fabricante do equipamento e sistemas sem atualização.

Política de cibersegurança: Os profissionais que acessam computadores hospitalares e equipamentos de diagnóstico (médicos, enfermeiros e técnicos), circulam regularmente pelo hospital. Isto dificulta a incorporação de políticas de cibersegurança e procedimentos de autenticação, especialmente se tais políticas atrapalharem as operações diárias.

Custo de manutenção: Equipamentos de diagnóstico são extremamente caros e os hospitais não podem custear que eles fiquem offline por longos períodos para manutenção. Em alguns casos, modificar as configurações do dispositivo médico ou atualizar o sistema operacional, tornarão inválidas a certificação, a garantia e a cobertura do dispositivo, assim, os dispositivos médicos permanecem intocados.

Atendimento exclusivo: Nem todos os hospitais têm uma equipe de cibersegurança exclusiva. Na maioria dos hospitais, a equipe de TI assume as duas tarefas: investigam e eliminam os incidentes de ciberataque, bem como fornecem serviços gerais de TI para o hospital. Este modelo tem a desvantagem da má distribuição de recursos para ambas funções.

O levantamento ainda aponta quais são as três grandes áreas de interesse, consideradas valiosas, por parte dos cibercriminosos:

Operações hospitalares – Isto inclui ciberameaças contra sistemas críticos diários, tal como bases de dados da escala de trabalho da equipe, sistemas de pagers hospitalares, controles prediais, folha de pagamento, administração, etc;

Privacidade de dados – Ataques virtuais contra diferentes tipos de dados, tais como informações pessoalmente identificáveis, seja de pacientes ou funcionários do hospital, incluindo diagnóstico e dados de tratamento do paciente; informações financeiras e do seguro saúde; pesquisas e dados sobre teste de medicamentos;

Saúde do paciente – Abrange ciberameaças contra dispositivos e sistemas médicos que são usados para o tratamento, monitoramento e diagnóstico dos pacientes, bem como ciberameaças contra o sistema de informações do hospital (HIS).

Deixe uma Resposta
BLANK style is purely built for customization. This style supports text, images, shortcodes, HTML etc. Use Source button from Rich Text Editor toolbar & customize your Modal effectively.
Close