Mercado de segurança eletrônica no Brasil faturou R$ 7,17 bilhões em 2019

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Fonte: IP News

O setor de segurança eletrônica terminou 2019 otimista. O segmento espera a aprovação do “Estatuto da Segurança Privada” para o início do ano e, com isso, a abertura de novos mercados ao setor – que é responsável por gerar mais de 250 mil empregos diretos e mais de 2 milhões indiretamente. O segmento no Brasil faturou R$ 7,17 bilhões em 2019 – Acrescimento de 12% em 2020

Para a presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), Selma Migliori, que esteve no Senado Federal para defender o setor e a aprovação do novo estatuto, o projeto de lei oferecerá amparo legal às empresas de segurança eletrônica que, finalmente, poderão concorrer em posição de igualdade em licitações públicas e de instituições financeiras. “O Estatuto da Segurança Privada insere definitivamente a segurança eletrônica como um pilar independente dentro da segurança privada e possibilitará a livre iniciativa e concorrência. Assim, se um grande empreendimento ou o setor público desejar contratar um projeto de sistema eletrônico de segurança isoladamente, estarão amparados pela nova lei”, explica.

Assim, o mercado de Segurança Eletrônica, que compreende mais de 26 mil empresas e cresce em média de 8% ao ano, sendo 10% em 2019, espera atender à demanda reprimida da segurança pública e privada por soluções que utilizam Inteligência Artificial, Sensores, Internet das Coisas (IoT) para ajudar a evitar ou solucionar ocorrências sem o uso de armas letais – que ficam restritas às autoridades policiais ou empresas de vigilância autorizadas.

Os condomínios e empreendimentos que gradativamente investem em Portarias Remotas também estão entre os principais catalisadores do crescimento esperado para o próximo ano. Em busca de mais segurança e economia, uma vez que este tipo de tecnologia custa cerca de 30% a 40% do que uma portaria tradicional e gera uma economia que pode chegar a 70%. O segmento é exemplo da incorporação das soluções de Segurança Eletrônica ao dia-a-dia e oferecerá novas oportunidades de negócios e de geração de empregos para a área de TI e atendimento.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) com empresas de segurança que trabalham com portarias remotas em 2019 mostrou que 34,5% das empresas que atuam com Portaria Remota realizam a requalificação dos porteiros para as áreas de atendimento, assistentes de manutenção, operadores remotos, seguranças, ou até mesmo para compor portarias híbridas – que operam com o profissional local junto ao sistema remoto.

“A Abese entende que as portarias remotas têm gerado novas oportunidades de emprego e aprendizado aos profissionais dos condomínios e para o próximo ano a tendência é que este modelo se consolide. Muitas empresas do setor de segurança eletrônica têm contratado porteiros para trabalharem em centrais de videomonitoramento, além de outras ofertas de trabalho para atividades pertinentes ao atendimento, ao monitoramento externo, instalações de sistemas, desenvolvimento de softwares, dentre outras funções”, afirma a presidente da Abese.

É importante ressaltar que o crescimento na procura por Portarias Remotas também aquece o mercado de tecnologias complementares, como internet, geradores de energia, infraestrutura, entre outras. Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela associação, para 22,7% dos entrevistados a expectativa de crescimento da tecnologia para o próximo ano supera 30%, e a alta poderá refletir em todo o ecossistema de segurança eletrônica.

No entanto, o ano de 2020 reserva também desafios. Assim que aprovado o Estatuto da Segurança Privada, a Abese terá em média 90 dias para apresentar propostas para a regulamentação da Lei e as empresas prestadoras de serviços de monitoramento e rastreamento terão 3 anos para se adequarem às novas exigências. Assim, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança já realiza encontros com empresários, representantes da Polícia Federal, entidades representativas e especialistas para debater as mudanças e como esta adequação será realizada pelo segmento. Contudo, para os empresários do setor, as expectativas de crescimento do mercado justificam o esforço coletivo.

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