Neste ano, roubos a condomínios cresceram 56% em comparação com 2017
Fonte: SESVESP
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o registro de ataques a residências nos quatro primeiros meses de 2017 soma 832 casos. No mesmo período de 2018, ocorreram 1.300 episódios, o que representa um crescimento de 56%.
O aumento nesse tipo de crime literalmente tira o sono da sociedade. Afinal, ninguém quer correr riscos dentro da própria moradia. Em contrapartida, as autoridades também buscam dar resposta ao problema.
O presidente do SESVESP, João Palhuca, faz uma alerta sobre a necessidade de os condomínios se prepararem para lidar com esse problema. Ele argumenta que, de maneira geral, o brasileiro ainda não assimilou a cultura da segurança, realidade ainda mais presente entre as pessoas que residem em condomínios.
“Muitas vezes, o condômino não abre mão de seu conforto. Por pagar as taxas, a pessoa acha que têm direito a usufruir dos serviços de porteiros e zeladores para favores pessoais. Criam intimidade com esses trabalhadores, que ficam íntimos dos condôminos, e abandonam as funções características dos serviços de vigilância e proteção”, sustenta Palhuca.
“Isso não coaduna com um necessário projeto de segurança. E é preciso lembrar que, se você quer segurança, abre mão do conforto. Se quer o conforto, não pode ter segurança”, sentencia o dirigente.
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Segundo Palhuca, a crise econômica também contribui para aumentar a insegurança, pois os condomínios tendem a buscar soluções de custo menor e de qualidade questionável, como a contratação de empresas clandestinas ou de profissionais não qualificados para atuar no setor. A ânsia em reduzir despesas tem estimulado ainda a aquisição do chamado porteiro eletrônico, que traz embutido todos os riscos inerentes à substituição de um de uma pessoa por um telefone, tornando ainda mais precária a segurança nesses locais.
“Os condomínios precisam, para melhorar, contratar empresas de segurança especializadas e autorizadas pela Polícia Federal. Não adiante contratar o vizinho, o parente, indicado por amigos, sem dar valor adequado à qualificação profissional”, observa Palhuca.