Polícia Federal inicia operação para combater serviços clandestinos de segurança patrimonial
Após diversas denúncias, a Operação Securitas, deflagrada pela Polícia Federal no final da semana passada, combateu a prestação ilegal de serviços de segurança patrimonial e pessoal em oito empresas de Maceió e Arapiraca, em Alagoas. Em entrevista coletiva, o delegado André Costa, que esteve à frente dos trabalhos, afirmou que esta foi a primeira fase da operação, que será realizada continuamente e tem como objetivo o combate ao trabalho clandestino de empresas e vigilantes privados.
“Pela legislação, tanto as empresas de segurança como as pessoas que trabalham como segurança de patrimônio precisam ser cadastradas e autorizadas pela Polícia Federal para realizarem o serviço. Os seguranças passam por curso de formação e atualização periodicamente, curso para usar armamento, teste psicológicos, entre outras obrigações. No caso das clandestinas, os profissionais não são qualificados para atuação, colocando em risco os próprios contratantes”, explicou o delegado.
Por conta disso, ainda segundo ele, as empresas ou estabelecimentos comerciais que contratarem ou já estiverem com segurança privada clandestina também serão notificados pela Polícia Federal e estarão sujeitas à aplicação de multas. Para que esse tipo de problema não ocorra, os proprietários podem verificar se a empresa que pretendem contratar é regular. Basta consultar o CNPJ no site da Polícia Federal, na área destinada a segurança privada. “Além de valorizar o trabalho das empresas que investem na formação dos seus seguranças, que não é um valor baixo, assegura a segurança do estabelecimento, já que os profissionais estarão preparados para manusear uma arma, por exemplo”, esclareceu Costa.
Duas empresas foram flagradas em Arapiraca, onde os policiais da PF apreenderam diversos materiais, tais como coletes não balísticos, camisas, cassetetes, algemas, rádios comunicadores e uma central. Alguns dos materiais foram apreendidos de um vigilante que estava atuando em um condomínio. Uma das empresas notificadas em Arapiraca era a de maior atuação no interior do Estado. Em Maceió, não foram encontrados materiais.