Ação em Curitiba inclui aparatos de segurança em bares e restaurantes
Crise econômica e política, desemprego, endividamento em alta e renda em queda. Com um cenário como este, a tendência é de alta na criminalidade. E depois dos seguidos episódios de violência registrados até abril deste ano em Curitiba, aliado ainda aos recorrentes casos de assalto contra bares e restaurantes de São Paulo, o setor gastronômico resolveu tomar medidas preventivas no Paraná.
Nesta semana, a seccional do Paraná da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) lançou o projeto “Ambiente Mais Seguro”, em evento realizado no Bar Jabuti. A iniciativa, uma parceria com a empresa de segurança eletrônica Orsegups, oferecerá gratuitamente treinamentos específicos para que as equipes de bares e restaurantes saibam reagir em casos de violência, além de consultoria completa sobre monitoramento e a instalação de um botão de pânico exclusivo ligado às câmeras dos estabelecimentos.
De acordo com Luciano Bartolomeu, diretor-executivo da Abrasel-PR, o projeto foi criado para evitar que aconteça no Paraná o que vem acontecendo em São Paulo, com a formação de quadrilhas especializadas em ataques as bares e restaurantes, e também para dificultar que se repitam episódios como o registrado em abril deste ano no restaurante Madero, do Cabral, quando três homens armados entraram no local, renderam funcionários e clientes e exigiram a entrega de celulares, joias, relógios e o dinheiro do caixa. Na fuga dos criminosos houve troca de tiros com a polícia, com dois funcionários feridos e um bandido morto.
“A gente está trabalhando há seis meses (no projeto), principalmente para evitar que possa acontecer o que ocorreu em São Paulo, onde estabelecimentos têm sido alvo de quadrilhas de assalto”, afirma Bartolomeu, explicando que a ideia do projeto era aproveitar uma estrutura já existente e aperfeiçoar o serviço. “Já existe em Curitiba uma lei municipal que obriga os estabelecimentos com mais de 100 lugaress a ter câmeras de monitoramento. Mas poucos tem um botão de pânico fixo que pode dar imagem em tempo real para a empresa de monitoramento tomar as providências necessárias”, explica.
Fonte: Bem Paraná