Inovação tecnológica também requer estratégia, revela pesquisa no setor de TI

Inovar. Esse verbo está em alta não apenas no nosso cotidiano, mas também em todas as esferas da economia. No Brasil, com sua veia criativa, a transformação tecnológica está caminhando: atualmente, ocupa a 54ª posição no Índice Global de Inovação (IGI 2022), entre 132 países, ganhando três posições em comparação ao ranking de 2021.

Outra pesquisa, mais recente, divulgada pela companhia global de soluções tecnológicas Lenovo, com de 682 diretores de Tecnologia da Informação de países como Brasil, China, Alemanha, Índia e EUA, revelou que 48% tem maior probabilidade de priorizar a inovação em novas tecnologias em vez de otimizar sua linha tecnológica atual.

 

Riscos

 

Mesmo com essa visão mais inovadora, a Pesquisa Global da Lenovo com Diretores de TI também mostrou que os gestões estão mais cautelosos: 83% das pessoas entrevistadas estão preocupadas com a insuficiência de recursos para investir adequadamente em inovação e 60% relatam um congelamento no investimento em inovação afetaria seus negócios de uma vez ou em poucas semanas na automação comercial, transformação do modelo de negócios, análise de dados e iniciativas ambientais, sociais e de governança. E mais, 33% dos diretores de TI não sentem que sua organização seja suficientemente resiliente.

“O trabalho da gerência de TI nunca foi tão exigente e as conclusões do estudo indicam que, como resposta para isso, ela está assumindo riscos cada vez maiores. Quanto mais complexo o cenário tecnológico, mais desafiador é para o diretor de TI implementar a transformação digital em toda a organização e priorizar iniciativas e investimentos que irão gerar resultados de negócios”, explicou Ken Wong, presidente do Grupo de Soluções e Serviços da Lenovo.

 

Diversificação

 

A pesquisa destacou duas grandes prioridades. A primeira é a irrupção da Inteligência Artificial e do aprendizado de máquina (IA/IM) como principais prioridades da TI que alimentam as ambições de inovação. Em seguida, as oportunidades relacionadas às pessoas, já que atrair e reter talentos é fundamental para o sucesso de uma empresa.

“A utilização da tecnologia como meio para gestão de inovação permite que os setores de uma companhia atuantes em um processo inovativo, como RH, projetos, financeiro e tributário, possam manusear e avaliar as informações de forma mais intuitiva e organizada”, acrescenta Rafael Costa, Country Director do FI Group, em artigo para o site TI Inside.

A necessidade constante por inovação não pode ser feita sem um planejamento, apontam os especialistas. Vale lembrar que em cinco meses de 2022, as chamadas Big Techs, que aliás fornecem soluções em inovação às companhias pelo mundo, afastaram de mais de 60 mil funcionários. Ou seja, não basta inovar se não pensar no fator humano: “Algumas empresas, principalmente as Big Techs, preferiram um remédio amargo logo cedo para realinharem a rota”, explica Charles Schweitzer,diretor-superintendente de Inovação doBanco Carrefour, ao IT Forum.

Mesmo com o cenário desafiador, as empresas precisam atuar com resiliência e equilíbrio entre busca por inovação e capacitação de seus times. Gerenciamento de dados, IA/IM, segurança de informações via Nuvem devem estar na agenda.  “Dado o foco em tecnologia de ponta, como IA, e desafios perenes na gestão de talentos, existe uma brecha evidente que as parcerias de soluções de TI podem ajudar. A capacidade de projetar e fornecer soluções, desde hardware a borda para nuvem, e alimentada por IA, não apenas simplifica as operações do dia a dia, mas também capacita as organizações a inovar com agilidade e maximiza sua linha tecnológica para cumprir suas ambições de negócios”, finaliza Wong, da Lenovo.

Foto: reprodução

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