MT: assaltantes aproveitam falhas de segurança em agências bancárias
Os assaltos a agências bancárias viraram rotina nos municípios de Mato Grosso do Sul. Nos últimos cinco meses, uma agência foi assaltada por mês no Estado, segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região.
Casos com grande repercussão comprovam a frequência que essas ações criminosas vem ocorrendo. Na terça-feira (17), dois homens vestidos com ternos e usando crachás falsos adentraram a principal agência do Banco do Brasil, no centro de Campo Grande, renderam funcionários e levaram quatro malotes de dinheiro do local.
No mês anterior, uma quadrilha com dez homens armados explodiram uma agência em Sonora, a 364 km da capital, fizeram dois taxistas de reféns e atiraram contra a delegacia de Polícia e o batalhão da Polícia Militar. Em janeiro, duas agências de Alcinópolis foram assaltadas e os caixas eletrônicos do local foram explodidos.
Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Bancários afirma ter dúvidas quanto ao sistema de segurança adotado nas instituições financeiras, e informou que a diretoria está acompanhando e prestando assistência aos bancários que foram reféns.
Ação conjunta
Para o presidente do sindicato, Edvaldo Barros, falta trabalho de prevenção nas agências para evitar os crimes, e é preciso uma ação conjunta das instituições financeiras com o Estado para resolver o problema. “O trabalho de segurança preventivo falha. A questão é a melhora do sistema de segurança, não a falta de vigilantes. É preciso que o Estado, através de seu serviço de inteligência, busque ações para realizar serviços preventivos”, explicou, ressaltando que é necessário que o patrulhamento policial próximo as agências bancárias seja maior.
Segundo Edvaldo, o sindicato irá cobrar mais segurança por parte dos bancos, e pretende formar um grupo de trabalho acionado a Secretaria Estadual de Segurança Pública e o Ministério Público do Trabalho para estudar medidas que possam trazer mais proteção aos trabalhadores e clientes de bancos. “É um trabalho que tem de ser desenvolvido pelos bancos, sindicatos e o Estado para cobrar mais segurança não só para os bancários, mas para a população como um todo”, finalizou.
Fonte: Campo Grande News