Gerenciamento de risco se mostra eficaz para mitigar o roubo de cargas

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O ambiente é “fértil” para a proliferação do roubo e furto de cargas, em razão da crise econômica. As ofertas de produtos roubados com parte dos valores subsidiados pelo crime se transformam em ofertas atraentes para o comércio. Além disso, a falta de estrutura da segurança pública e penalidades brandas na legislação contribuem para o aumento dos índices de perdas.

De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, a maior gerenciadora de riscos do Brasil, os roubos estão concentrados principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, considerando tanto a área urbana quanto as rodovias. A Rodovia Anhanguera (recordista em incidências), Via Presidente Dutra e Castello Branco estão no topo da lista de ocorrências. A região Sudeste detém um pouco mais de 81% dos roubos no País, contidos nessa região; São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com quase 75%.

Produtos alimentícios, cigarros, confecções e eletroeletrônicos lideram a lista, pois são comercializados no varejo, devido à fácil distribuição e a difícil identificação de origem. “Diante de tudo isso, o gerenciamento de riscos é indispensável, inclusive, os modelos usados no Brasil já se tornaram referência mundial nessa prática, principalmente em países como México e Argentina”.

O gerenciamento de riscos envolve uma minuciosa análise situacional das operações, bem como a devida aplicação dos procedimentos, treinamento, implantação e manutenção, o que contribui efetivamente para a prevenção e a mitigação das perdas. “Esta afirmação é facilmente percebida quando estabelecemos um comparativo do número de cargas gerenciadas e recuperadas confrontado com o número de perdas”, diz.

As tecnologias são ferramentas fundamentais para a gestão de riscos das operações, porém, devem sempre buscar dispositivos que dificultem e/ou impeçam as ações marginais. “A evolução das ferramentas devem andar à frente do modus operandi das quadrilhas. É importante destacar que as tecnologias para nada servem se os seus recursos não forem bem programados e utilizados pelas centrais de monitoramento com ações de pronta resposta”, destaca. “Além disso, sempre destaco que gerenciar riscos é uma cultura. É importante que todos os setores envolvidos, gerenciadoras de riscos, embarcadores, transportadores, seguradoras, corretoras de seguros e órgãos de segurança pública, trabalhem em sinergia com foco diário no controle e redução de perdas”, finaliza Cyro.

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